Eduardo Souto Moura foi o nome escolhido para a tão aguardada renovação da antiga central elétrica da Manutenção Militar de Lisboa, enorme edifício no Beato que data de finais do século XIX. As obras arrancaram em 2018 com um objetivo: fazer por lá nascer a Browers Beato, a nova microcervejeira da Super Bock que se gaba de ter o maior balcão do País.
Originária do final do século XIX, a antiga central elétrica da Manutenção Militar de Lisboa, começou a ser renovada em 2018 com um projeto de Eduardo Souto Moura. O propósito foi transformar o local na Browers Beato, a micro cervejeira da Super Bock, com o maior balcão do País. A novidade abriu portas esta segunda-feira, 11 de novembro.
O espaço com 700 metros quadrados foi inaugurado a 11 de novembro e exibe um longuíssimo balcão de 30 metros, que guardam 24 torneiras prontas a servir cerveja artesanal, a da casa e outras referências internacionais. E no que toca a petiscos, a tarefa foi deixada às mãos do chef Luís Gaspar, também responsável pelas cozinhas dos restaurantes Sala de Corte, Brilhante e Pica-Pau.
Em soft opening desde 11 de julho, a inauguração oficial ficou apenas para novembro, “garantir que a produção cervejeira e a restauração conjugassem de forma harmoniosa” explica à NiT o diretor do grupo The Browers Company, Tiago Brandão, de 50 anos.
Com arquitetura de Eduardo Souto Moura e de Nuno Graça Moura, o projeto exigiu um investimento de três milhões de euros. O edifício da Manutenção Militar — onde eram produzidos alimentos para as forças armadas — pertencia ao Estado, que em 2016 o transferiu para a Câmara de Lisboa (CML). A autarquia assume assim a gestão durante 50 anos e o espaço passou a integrar o Hub Criativo do Beato.
“Todo o espaço foi recuperado e a linha arquitetónica foi mantida. Juntamos elementos industriais, conferindo elementos modernos, mas também convencionais. Mantemos algumas coisas como as fachadas, as janelas e até um gerador”, acrescenta Tiago.
A ideia de fundir este ambiente de fábrica com o de um restaurante teve origem num trabalho conjunto de Tiago Brandão e o diretor de marketing Rui Mota. Ambos trabalhavam na Super Bock, em áreas distintas, quando em 2017 foram desafiados pelo grupo a agarrar um novo projeto. Sete anos depois, nascia a Browers.
“Colaborávamos na mesma empresa, mas com funções diferentes. Com a criação da Browers ficamos amigos pelo espírito empreendedor e também pela paixão comum que temos pela cerveja”, conta Rui Mota.
O conceito de micro-cervejaria combina 15 estilos de cerveja, sete delas produzidas no local, que acompanham as refeições tradicionais portuguesas que saem da cozinha, criadas para combinarem com os aromas das bebidas.
A carta criada pelo chef Luís Gaspar inclui entradas frias como gambas da costa (9€) e saladinha de polvo (12€). Há também choco frito com maionese de limão (12€) e ovos mexidos com alheira de caça e espargos (8€). Quanto às refeições principais, pode optar entre o bacalhau à Brás (18€), a açorda de gambas (16€), o bife de vazia à cervejeira (18€) ou a francesinha (16€).
Nas 24 torneiras encontra desde logo as sete opções produzidas na fábrica, casos da Beato Lager (2€), a Kellerbier (2,5€), a Blanche (2,5€), a Nitro Stout (3€) e uma IPA (2,5€). A nível internacional, conte com várias propostas belgas, alemãs e escandinavas. Destaque para as de marca La Trappe e Rodembach, com valores a partir dos 5€.
O restaurante tem capacidade para acolher 166 visitantes no interior e 84 na esplanada. Apesar da programação ainda estar a ser planeada, a Browers Beato terá um espaço dedicado a concertos e eventos, assim como workshops sobre a própria produção cervejeira.
Carregue na galeria para ver conhecer o espaço da nova atração no Beato, em Lisboa.