Acusações a um funcionário de ser “incompetente” e “burro” culminaram numa sentença que deu direito ao queixoso a receber uma indemnização de quatro mil euros por danos patrimoniais e não patrimoniais. O processo teve início numa queixa de um trabalhador de uma das lojas da Burger King no Algarve
Os insultos terão partido de diretor de uma das localizações no sul do País e dirigidos a um funcionário de nacionalidade brasileira. O gestor de turno apresentou uma demissão por justa causa e levou a empresa a tribunal após vários episódios de assédio.
Segundo o acórdão do Tribunal da Relação de Évora, citado pelo “Jornal de Notícias”, o diretor do restaurante teve “comportamentos humilhantes e vexatórios” e afirmou que “os brasileiros deviam mesmo era ir levar no cu” por serem todos “uns armados em espertos”.
O empregado, que trabalhava na cadeia há mais de um ano, queixa-se de ameaças “à sua vida e integridade física por parte de clientes”. Teria anteriormente reportado as diferentes reclamações aos superiores hierárquicos que não terão tomado quaisquer medidas.
Após vários episódios, a vítima apresentou uma baixa médica e foi transferido, “sem qualquer justificação”, segundo o acordão, para uma outra loja na região, neste caso em Guia. O brasileiro acabou por demitir-se e comprovou-se que a queixa de assédio moral era habitual.