O movimento A Pão e Água voltou aos protestos. Depois de algumas semanas sem ações de rua, vários empresários ligados à restauração, e não só, juntaram-se na Avenida dos Aliados, no Porto, a pedir a reabertura dos negócios. Nas redes sociais, a iniciativa estava marcada para as 15h30 desta sexta-feira, 5 de março, altura em que começaram a chegar as primeiras pessoas, que se juntaram em frente à câmara da cidade.
“Mais panelas e menos tachos”, “Igualdade empresarial” e “Também somos cultura” foram algumas das mensagens que se podiam ler em faixas que foram deixadas minutos antes em alguns muros e escadas das redondezas.
Segundo a Lusa, aqui citada pela TSF, o protesto era inicialmente para empresários do comércio, restauração, hotelaria, cultura e eventos, aos quais se juntaram outros setores de atividade. Foi o caso dos cabeleireiros, trabalhadores independentes e de comércio de rua.
“Reivindicamos a abertura imediata do pequeno comércio de rua, como cabeleireiros, barbeiros, salões de beleza e livrarias”, disse Miguel Camões, um dos representantes do movimento, aos jornalistas presentes.
Acrescentou que o governo devia começar a pensar num “desconfinamento com regras mas que não deixe a economia nacional morrer”. Entre as outras das medidas que o grupo considera serem imediatas estão a permissão de venda de bebidas em regime de take-away, o lay-off simplificado a 100 por cento em vez dos atuais 80, ou a atribuição de linhas de crédito.
Já em novembro de 2020 este tinha sido um dos palcos para uma manifestação. Ao longo da tarde seguiram-se mais intervenções de empresários a apelar a novas medidas do governo para os vários setores de atividade.