Nuno Mendes já viu e cozinhou praticamente tudo. Fez sobretudo carreira fora do País, em particular em Londres, onde conduziu vários espaços, caso do Viajante, inaugurado em 2010 e que lhe valeria a conquista de uma estrela Michelin — e uma presença nos World’s 50 Best em 2013. Agora o chef português regressa à capital com a abertura de um restaurante num convento.
Nuno Mendes possui uma vasta experiência na culinária, tendo visto e preparado uma ampla variedade de pratos ao longo da sua carreira. Fez a maioria do seu percurso profissional fora de Portugal, especialmente em Londres, onde liderou vários restaurantes, entre os quais se destaca o Viajante. Inaugurado em 2010, o espaço rendeu-lhe uma estrela Michelin e uma posição na lista dos 50 Melhores do Mundo em 2013. Agora, o chef de 51 anos regressa à sua cidade natal, Lisboa, para abrir um novo restaurante num antigo convento.
Em 2023, Mendes lançou o Cozinha das Flores no Porto e já havia gerido um espaço no Bairro Alto, que encerrou portas em 2022. Em entrevista ao “Público”, expressou o seu entusiasmo: “Estou super entusiasmado, é um sonho enorme. Tinha saudades de estar em Lisboa. Adoro o Porto, mas isto é que é realmente voltar a casa”. O novo empreendimento localiza-se na antiga igreja do Convento de Santa Joana, na Rua de Santa Marta.
De acordo com Nuno, o “projeto certo” surgiu em associação com o hotel Locke de Santa Joana, que abriu na Avenida da Liberdade a 17 de julho deste ano. Este hotel, parte de uma cadeia dedicada a aparthotéis, começará a oferecer refeições no convento já em outubro, sob a supervisão do chef, cujo histórico nacional e internacional é notável.
O restaurante apresenta duas áreas distintas: uma entrada ampla e iluminada e uma zona à esquerda da sala com tons mais quentes, que proporcionam um ambiente mais acolhedor. Mantiveram-se os azulejos originais, conferindo ao espaço uma estética que se alinha com a visão do chef.
Mendes considera Lisboa uma cidade tradicional, mas a caminho de se tornar “cada vez mais cosmopolita e aberta ao mundo”. Essa dualidade foi a sua inspiração para o conceito do restaurante, que pretende ser um local descontraído e divertido, com enfoque em produtos portugueses.
O Santa Joana contará com duas cozinhas: uma aberta, destinada à preparação de pratos crus e frios, como marisco nacional e peixe marinado, e outra fechada, para os pratos mais elaborados. Comida proposta na ementa inclui corações de galinha com molho picante de pica-pau, tosta de farinheira com camarões e algas, lula fumada com caril português, presa de porco alentejano com molho de nozes e um arroz caldoso de marisco para partilhar.
O menu de sobremesas, recheado de doces conventuais, será criado por Maria Ramos, uma pasteleira em quem Mendes confia bastante, já que ambos colaboraram previamente no BAHR, no Bairro Alto. O chef conta também com a colaboração de Maurício Varela, que atuará como chef executivo do Santa Joana, tendo trabalhado anteriormente no bar Dahlia, no Cais do Sodré.
