“De Lisboa vou fugir, vou para o sol da Caparica.” O verso dos Peste & Sida faz parte do tema “Sol da Caparica”, lançado em 1989, e continua atual para milhares de lisboetas. Basta surgir o primeiro raio de sol e as temperaturas subirem para se atravessar a Ponte 25 de Abril rumo às praias da Costa.
Alexandre Vilas Boas e os amigos, todos da zona, conhecem bem o fenómeno. Desde miúdos que viam as multidões a invadir os areais vizinhos para aproveitar o bom tempo. Em vez de se afastarem da confusão, decidiram aproveitá-la. Ainda enquanto estudavam, abriram um pequeno bar na Praia do Rei com petiscos e bebidas. O Coco Beach nasceu em 2018, fechava em setembro e reabria em junho, apenas na época balnear.
Durante seis anos funcionaram assim, mas no início de 2025 decidiram mudar tudo. Já com os cursos concluídos e uma clientela fiel, reabriram o espaço como restaurante e bar para funcionar durante todo o ano. A nova fase começou a 1 de abril.
Alexandre estudou Educação Física, o irmão Hugo é militar, Diogo Correia é engenheiro e Gabriel Pereira contabilista. Nenhum tinha experiência em restauração, mas isso não os travou. “Em 2018 decidimos experimentar e acabámos por criar um espaço à nossa medida. Transformámos o trabalho de verão na nossa carreira”, conta Alexandre, de 29 anos.
O desporto foi, durante anos, o escape de Alexandre. Agora, reconhece que o Coco Beach também teve um papel importante no processo de amadurecimento. Os quatro cresceram com o projeto — e perceberam que o projeto também podia crescer com eles.
Nesta nova etapa, o Coco Beach aposta na simplicidade da cozinha japonesa como base. Desde os ingredientes aos sabores, tudo é pensado com atenção ao detalhe e frescura. “A ideia é combinar a comida japonesa e portuguesa, duas cozinhas muito simples, muito centradas nos ingredientes — sempre frescos e locais”, explica Alexandre. “Queremos criar uma experiência mais tranquila, longe da confusão habitual da Caparica.”
Apesar da recente reabertura, já há bestsellers: o tártaro de salmão (16€) e a salada ebi tempura (14€) são dois deles. Os combinados para partilhar também fazem sucesso, como o de sashimi (24 peças, 40€) ou o de fusão (22 peças, também 40€).
A carta inclui ainda opções mais portuguesas, como o bife da vazia (20€) com carne dos Açores, puré de batata trufado, espargos salteados e cenoura baby, e o choco frito com risoto de tomate (20€).
Nas bebidas, há uma seleção variada de destilados, além de cocktails clássicos como Negroni (12€), Moscow Mule (11€) ou Caipirinha (9€).
O restaurante tem capacidade para 350 pessoas, mas o plano passa por funcionar o ano inteiro. “Temos uma sala interior com 50 lugares para o inverno e vamos manter alguns lugares na areia nos dias mais amenos. No verão abrimos todos os dias da semana”, explica.
Além da restauração, o Coco Beach já organiza casamentos na praia e outros eventos privados, em que o espaço é reservado para celebrações. “Desde há dois anos que apostamos também nos eventos, sobretudo para quem quer casar à beira-mar. Para esses casos temos menus personalizados”, remata.
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