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Com pimento, tomate ou ananás. O Silas Chef tem bifanas para todos os gostos

O restaurante abriu há 12 anos, em Almeirim, e o movimento deixa adivinhar o sucesso. Por dia vendem entre 100 e 200 sandes.
Uma das opções.

A originalidade das suas bifanas, com ingredientes como ovo, bife, queijo e cebola caramelizada, atrai muitos curiosos ao Silas Chef, em Almeirim. O espaço serve entre 100 a 200 sandes inovadoras por dia. A cidade ribatejana, mais conhecida pela Sopa da Pedra, tornou-se também um ponto de paragem obrigatória para os fãs de receitas tradicionais — mas com sabores inusitados.

Rafael Martins, de 51 anos, fotógrafo de profissão, sempre soube que o seu caminho passava pela restauração. Os avós tinham uma pequena taberna em Muge, no Ribatejo, que passou depois para os pais, antes de chegar aos filhos, Rafael e a irmã.

Inaugurado em 1984, o Silas passou a ser gerido apenas pela irmã de Rafael há 12 anos, quando ele se estabeleceu em Almeirim. Juntamente com o cunhado, decidiu criar o Silas Chef com o intuito de “dar uma nova roupagem às bifanas”.

“Cresci com os meus avós até emigrar para a Alemanha com os meus pais. Quando regressámos, o meu pai reabriu a taberna da família como um snack-bar especializado em bifanas, uma ideia que surgiu nas suas andanças como vendedor na sua juventude”, explica Rafael à NiT.

O nome do restaurante é uma homenagem a uma série que Rafael e a irmã costumavam ver na Alemanha, inspirada num conto de Hans Christian Andersen. “Uma das personagens tinha um cavalo preto, o Silas, que estava constantemente a ser roubado e acabava sempre metido em grandes aventuras. Éramos viciados naqueles capítulos. Quando tivemos de escolher um nome para o restaurante, o meu pai pensou logo naquilo e ficou”, conta.

O sucesso do primeiro negócio motivou a abertura do Silas Chef, onde Rafael decidiu inovar. “Para mim, a bifana é a fast-food portuguesa e acredito que pode ser apresentada de forma mais criativa e refinada.”

Uma das mais simples.

A primeira sandes que criou, nos anos 90, foi a Tributo JJ (6,90€), que combina bacon, queijo, carne, alho e um ovo estrelado. Embora muitos pensem que o nome é uma referência ao treinador Jorge Jesus, Rafael esclarece que é uma homenagem ao seu pai, José João. A combinação é tão apreciada que até surgiu uma versão XXL (8,80€).

Para quem prefere algo “ainda mais simples”, a Siza (4,30€) é uma opção que presta homenagem ao famoso arquiteto português e contém apenas pão e febra. Na mesma linha de homenagens a artistas, a Joana Vasconcelos (5,40€) é feita de queijo e pimento vermelho.

Já para os que desejam uma opção mais elaborada, existe a Carlos Relvas (15€), que se inspira no conhecido fotógrafo e inclui bife da vazia marinado em vinho, alho e azeite, manteiga de ervas, queijo curado, bacon grelhado, ovo e cebolinho. “Ele foi um dos melhores fotógrafos da sua época, e dizem até que sou parecido com ele. Por isso, decidi lançar esta versão no Dia Mundial da Fotografia, 19 de agosto”, justifica Rafael.

Entre as 20 bifanas do menu, seguramente encontrará uma combinação ou homenagem ao seu gosto. Para os clientes que gostam de novidades, Rafael cria uma bifana todos os meses. A última foi a Filo, uma homenagem à sua mãe, Filomena, que levava carne de peru marinada com laranja, whisky e queijo brie, mas já não está disponível. No total, diz já ter criado mais de 50 sandes.

O doce deleite é um dos bestsellers.

Para finalizar a refeição, poderá optar por uma sobremesa feita pela chef Joana Biscaia. “Quando abri o espaço, convidei-a para nos ajudar com os doces, e isso marcou o início da expansão do nosso menu.” Entre as opções mais populares, está a desassossego (5,20€), uma tarte de maçã e nozes com gelado de nata, e o doce deleite (5,50€), que consiste num leite-creme com amendoim, gelado de limão e raspas de lima, tendo sido premiado com a medalha de prata na edição deste ano do concurso Tejo à Mesa.

Uma casa de bifanas com sushi

Além das sandes, há dois anos, Rafael decidiu adicionar uma carta de sushi ao restaurante, uma vez que é apaixonado pela cultura japonesa. “Estamos numa zona periférica e, na tentativa de inovar, decidimos incluir sushi no nosso cardápio.” 

A equipa sugere que comece pelos zensai, que inclui spring rolls de diferentes sabores (2€), gyozas de legumes (2,50€), tempura de camarão (8,50€) e tartar de salmão (6€), peixe-branco (7€) ou atum (7€). Seguem-se os uramaki, onde o arroz fica por fora, com alga nori dentro, e ainda há opções como nigiri, gunkan maki, temaki e sashimis. Os indecisos podem optar pelos combinados, que variam entre 12, 32 ou 50 peças, com preços que vão de 12€ a 60€, consoante a escolha de sashimi. 

A carta de bebidas conta com cervejas e sumos, sendo as sangrias de frutos vermelhos e maracujá (20€) os bestsellers.

O Silas Chef tem 95 lugares e quando lá for é provável que se cruze com o cantor Olavo Bilac, que é presença assídua, ou com Diogo Piçarra, que também já surpreendeu a equipa com uma visita.

Uma das opções de sushi.

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