O Bar da Odete, em Lisboa, já é um ponto de referência para quem procura beber um bom vinho, num espaço relaxado com muitos apontamentos tipicamente nacionais — mesmo estando no Cais do Sodré, uma das zonas mais turísticas da capital. A Odete tem agora um irmão. Chama-se Corrupio e abriu portas a 8 de setembro, não muito longe.
O projeto pertence a um grupo de empresários que se foca especialmente na inauguração de estabelecimentos onde os vinhos são estrelas. Enquanto no bar são acompanhados por pequenos petiscos, como as clássicas sandes ou as tábuas de queijos e enchidos, no Corrupio servem-se com pratos principais mais trabalhados.
“Queremos dar uma nova vida às receitas típicas portuguesas. Tirá-las das salas de jantar dos anos 80 e trazê-las para 2022”, conta à NiT Catarina Cabral, responsável pela comunicação do grupo. Naquela zona de Lisboa tudo é levado mais além, e há sempre um cuidado maior com a estética dos espaços. O novo residente do Cais do Sodré não quis ser uma exceção.
“O design é um projeto do atelier Furo e contou com a colaboração de vários artistas portugueses”, explica. O grande destaque é, para ela, o enorme balcão que ocupa maior parte do restaurante. O objetivo é que os clientes se sentem ali e que interajam com o chef e com os funcionários enquanto provam a comida. Tudo com uma agradável música de fundo (portuguesa, claro). O interior tem 20 lugares ao balcão e oito em mesas. Já a esplanada tem dez.
A decoração foi criada pelo Pedrita Studio, também responsável pelo quadro de azulejos que está a conquistar todos aqueles que por lá passam. “Os barros são da autoria de Ricardo Milne e a farda da nossa equipa foi desenhada pelos Capelistas. O design da marca é de Hugo Neves, que é também o pai do Bar da Odete”, revela.
A decisão de abrirem no Cais não foi difícil. Por ali passam pessoas de várias nacionalidades, e o Corrupio é agora um novo palco para que possam mergulhar na cultura e gastronomia do nosso País, sem abandonarem aquela zona trendy e jovem. “Aqui existe uma panóplia de restaurantes com vários tipos de cozinhas. Queríamos afirmar-nos como um de comida portuguesa”, realça. Mesmo assim, “é para os portugueses que falamos”, acrescenta.
Em pouco mais de um mês, mas já há pratos que se destacam. Um deles é a salada de orelha (6€). O timbale de frango (14€) e o arroz de cabrito, enchidos e laranja (15€) também têm sido bastante elogiados. Além destes, pode provar o escabeche de codornizes do Bigodes (9€), o choco frito (10,50€), ou “frrrrito”, como lhe chamam, a carne de porco (preto) à alentejana (17,5€), tábuas de enchidos ou de queijos (12€ cada), entre outros. O chef responsável é Daniel Ferreira, que já passou por alguns dos restaurantes mais prestigiados do País, como o Sublime Comporta, o Frade e o Plano. “Juntou uma equipa de cinco estrelas que ele próprio escolheu a dedo”, afirma Catarina.
E, claro, que sendo familiar da Odete, não poderia faltar uma generosa carta de vinhos “que não se encontram nos supermercados”. A grande estrela está a ser, até agora, o Vira Cabeças. Um copo custa 9€ e uma garrafa 36€. No total, a carta tem 13 brancos, 15 tintos, três rosés, dois espumantes e seis licores e destilados. Os preços por copo variam entre os 3,5€ e os 13€. Já as garrafas variam entre os 14€ aos 162€.
Carregue na galeria para ficar a conhecer melhor o novo restaurante do Cais do Sodré.