A primeira vez que serviram os hambúrgueres num festival em Angola perceberam que tinham o produto certo para vingar. “Num dia vendemos quase 600 hambúrgueres a 29€ cada um”, explica à NiT Luís, 39 anos. Juntamente com o irmão Juan Castilho, 35, e depois de vários anos bem sucedidos em Luanda, decidiram trazer o conceito da Burger Champ para Lisboa.
O projeto ganhou fama nos últimos anos em Angola e é isso que querem fazer agora em Lisboa. Abriram o restaurante em março, na Rua Dona Filipa de Vilhena, próximo do Campo Pequeno. Há lugares para se sentar tanto no interior, como na esplanada, algo diferente de quando o conceito começou a ter mais procura em Luanda.
Ainda antes dos hambúrgueres, Luís foi o primeiro dos irmãos a ir para Angola gerir um espaço que tinha sido entregue ao pai. Tinha estudado gestão hoteleira e em pouco tempo pôs o Chill Out no mapa da cidade. “Era um espaço de praia, um restaurante lounge. Fazíamos as melhores festas de Luanda”; explica à NiT.
Juan Castilho junta-se ao irmão em 2010 e cinco anos mais tarde começam a expandir o negócio e criam a Champanharia também na cidade. “É um conceito do género do Chill Out, mas com mais glamour.” Foi aqui que serviram pela primeira vez os hambúrgueres que “começaram a ser bastante pedidos”.
Os irmãos passaram a ser procurados para festivais, mas sempre relacionados com bebidas, já que tinham a fama das festas. Ainda assim, sempre de olho no negócio, pensaram também levar os hambúrgueres que serviam na Champanharia. A primeira vez venderam às centenas, mas em iniciativas posteriores, a procura continuou elevada.
“Em festivais gastronómicos o nosso espaço era sempre o que tinha mais filas. Num desses eventos, em quatro dias, vendemos mais de sete mil hambúrgueres.”
O produto começou a ser conhecido e durante muito tempo, além dos festivais, era no interior da Champanharia que poderia ser provado. Tudo mudou com a chegada das plataformas de delivery a Luanda. Foram contactados para ter os hambúrgueres na Tupuca, um equivalente à Uber Eats, e as vendas continuaram altas.
É nessa altura que abrem uma segunda loja, já como Burger Champ, para chegar a Luanda sul, sempre focado no delivery. Em 2018, com o negócio da noite a começar a cair, decidiram fazer uma reestruturação dos projetos e acabaram por ficar apenas com o espaço da Champanharia. Regressaram a Portugal já com ideia que trazer o conceito dos hambúrgueres e sem quererem alterar nada.
“As fichas técnicas aqui são as mesmas. A única diferença está nos produtos que aqui até conseguimos em melhor qualidade, já que em Angola recorremos muito à importação.”
O pão caseiro sempre foi um dos elementos que distinguia estes hambúrgueres. Em Lisboa também os fazem todos os dias. “Não é um pão brioche, mas é neutro e nada doce.” A carne que usam é 100 por cento black angus.
Um dos mais pedidos sempre foi o Glamorous Plus (11,90€), que também faz parte do menu em Lisboa. Junta queijo cheddar, bacon crocante, cebola roxa caramelizada e uma maionese de barbecue fumada.
Tem ainda o Camponês (12,30€), com mozzarella, bresaola, tomate, manjericão e maionese de hortelã; o Francesinha (12,50€), com o tradicional molho por cima, queijo, fiambre, salsicha fresca, linguiça e ovo; ou o Jolie (13,50€), com queijo de cabra, presunto para negra, tomate e maionese de alho e ervas.
Todos são acompanhados com batata frita. E para começar vai ter de pedir a mandioca frita com paprika (3€). Os hambúrgueres são o grande destaque da Burger Champ, mas aqui também há espaço para pizzas, alguns pratos de massa e risottos.
O restaurante tem capacidade para 32 pessoas no interior, mais 30 na esplanada. Também faz entregas nas plataformas de delivery, uma forma que fez parte do sucesso em Angola. Os próximos objetivos passam por consolidar o projeto e abrir até mais restaurantes.
Carregue na galeria para conhecer melhor o novo Burger Champ.