A pandemia não deixou que os amigos, e atuais sócios do Di Amici, o novo restaurante italiano de Lisboa, deixassem cair a ideia de abrir um espaço. “Estamos solidários para com os donos de projetos de hotelaria e restauração. Não viemos a pensar que íamos aproveitar uma baixa de mercado, mas entendemos avançar quando houvesse uma oportunidade. É um risco controlado,” explica à NiT José Pereira da Costa, um dos responsáveis.
Desde janeiro que as pizzas começaram a sair do forno a lenha que foi montado naquele que já foi um restaurante da chef Justa Nobre, na Calçada da Ajuda. Mas nem só de pizzas se faz o Di Amici, já que quer mostrar os melhores pratos da cozinha italiana, e tudo o mais caseiro possível.
José Pereira da Costa é advogado e “apenas na ótica do utilizador”, como revela à NiT, é que conhecia a gastronomia de Itália, pela qual é apaixonado. “Conheço toda a Itália, só me falta a região de Puglia. Para me meter nisto tinha de ser com estes dois sócios e tinha de ser um restaurante italiano.”
Foi numa refeição que fez com Hugo Batista, da área financeira, e Radovan Obucina, empresário da restauração, no Pizza em Casa, uma pizzaria em Campo de Ourique do qual este último é proprietário, que os três amigos tiveram a ideia de se juntar para criar este negócio.
A equipa está a trabalhar desde dezembro, mas o Di Amici ainda não chegou a receber clientes. Tem estado a funcionar com take-away e delivery e têm tudo pronto para abrir assim que tal for possível com as medidas impostas pelo governo e pela DGS.
“Estas semanas têm servido para dar a conhecer os nossos produtos, mas também para corrigir e afinar alguns detalhes.” Por exemplo, os últimos serviços fizeram-lhes perceber que seria mais indicado trocar as caixas de take-away por outras.
A massa da pizza é caseira e preparada ao estilo romano, mais fina e estaladiça assim que sai do forno. As pastas também são caseiras, já que apostaram em máquinas próprias para as preparar, e há ainda risottos e sobremesas feitas naquela cozinha da Calçada da Ajuda.
Leandro Mesquita é o chef do Di Amici e em conjunto com os sócios elaborou o menu que já pode experimentar.
Para começar uma refeição tem a bruscheta de tomate (3€); a burrata com presunto (8€); o pão de alho com mozzarella, manteiga de alho e orégãos (3€); ou a burrata com pesto e tomate cherry (8€).
As pizzas estão disponíveis em dois tamanhos, médio e familiares. Tem as mais tradicionais, como a margherita (8€), a diavola (10€), ou a de quatro queijos (10€). Do menu fazem ainda parte a Portuguesa, com fiambre, ovo cozido, cebola e azeitonas (9,50€); a Positano, com anchovas e manjericão (9,50€); ou a Parma, com presunto, ovo estrelado e lascas de parmesão (9,50€).
Nas pastas caseiras, a oferta faz-se, entre outras, com o tagliatelle com ragù de costela de vaca e gremolata (11,80€); o fusilli com pesto genovês, tomate seco, burrata e oregãos (10,80€); ou a carbonara, com linguine, molho de gema, pecorino romano e guanciale (11,80€). Os risottos são outras das especialidades, como o de cogumelos (12€) ou o de gambas (12€).
Há ainda outras sugestões, como a costela de vaca assada, servida um domingo por mês. O mesmo acontece com o ossobuco com polenta ou com a porchetta com salada de rúcula e tomate.
Assim que abrir ao público, o restaurante terá capacidade para 20 pessoas no interior, mais uma esplanada. Só faltam mesmo as orientações do governo, mas, em princípio, apenas em maio tudo poderá começar a normalizar-se. Por enquanto, só pode mesmo provar estas especialidades através de take-away ou delivery com a Uber Eats e Bolt Food.