Enfrentar a subida íngreme da Travessa de Santa Marta tornou-se mais fácil desde 7 dezembro. Não mudou propriamente nada na rua ou na calçada, mas há um novo restaurante onde pode recuperar as forças assim que chegar ao topo. Chama-se Disputa e é quer ser uma homenagem aos sabores típicos do País.
Magda e Tiago Costa, de 39 e 43 anos, conheceram-se na Serra da Estrela. Ele vivia em Gouveia e ela, de Lisboa, passava as férias de verão na terra-natal dos pais. Sempre se deram bem, mas quando o beirão se mudou para a capital para se tornar fuzileiro, apaixonaram-se e nunca mais se largaram.
Depois de 13 anos emigrados na Suíça, regressaram a Lisboa. Magda dedicou-se à área de estudo, a fotografia, e Tiago virou-se para a restauração. “Ele tinha um sonho antigo de abrir um negócio própria e sempre adorou a arte de servir, receber e cozinhar. Foi aprender no campo, para depois nos lançarmos no nosso projeto”, conta à NiT.
Mais de um ano depois de começaram a procura, encontraram o sítio ideal na antiga localização do El Pibe. Reformularam todo o restaurante e transformaram-no para receber o Disputa, com capacidade para 50 pessoas. “O nome foi nos sugerido por um amigo, com a ideia da disputa de sabores. Mas a ideia é que aqui ninguém tenha de discutir porque temos opções para todos”, diz.
A única coisa que os clientes precisam de saber antes de lá entrar é que ali só se servem pratos tradicionais. Magda e Tiago decidiram recuperar as receitas que lhes recordam a infância, desde o bacalhau à Brás (11,90€) e o polvo à lagareiro (19,90€).
O menu é bem-composto e com sugestões para toda a família. Há mais pratos típicos da cozinha portuguesa como o pica-pau de atum (16,50€), o pianinho (14,90€) ou os filetes de pescada (14,50€). Para quem gosta de marisco tem uma cataplana de peixe e marisco (50€) ou camarão tigre. Os miúdos podem sempre pedir hambúrguer de vaca (12,90€) ou de frango panado (12,90€) ou a massa à bolonhesa (11,50€).
Seguir os clássicos foi também a decisão para os vinhos e sobremesas. Leite-creme, mousse de chocolate e panacotta são algumas das sugestões do casal para terminar a refeição e custam todas 4,50€. A parte das bebidas foi delegada em Tiago, que procurou alguns produtores mais pequenos e menos conhecidos e outras referências mais comerciais para fazer uma carta mista. Além do vinho servido em garrafa, também pode pedir a copo.
As primeiras semanas têm sido em soft opening para afinar detalhes na decoração. Quando a primavera chegar e o restaurante já tiver algum movimento, pretendem abrir mais cedo para serviço de brunch e prolongar, aos fins de semana, as noites até às duas da madrugada.
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