Os restaurantes asiáticos continuam a aparecer um pouco por todo o lado em Lisboa. Os dumplings, as baos, o sushi e o ramen deixaram os portugueses rendidos à cozinha oriental e os números falam por si: em 2024 abriram mais de 30 espaços de cozinha asiática só na capital. E a tendência não parece estar a abrandar, bem pelo contrário. A 6 de janeiro, o Parque das Nações, passou a acolher o Dragon Kitchen, um restaurante chinês que já tem vários espaços em Espanha.
A cadeia abriu o primeiro espaço em Cadiz, em 2021. Seguiu depois para Toledo, Málaga, Barcelona e Madrid, antes de chegar a Portugal. A equipa trouxeram “receitas ancestrais da China e fundiram-nas com técnicas modernas” para abrir os espaços que têm o dragão o símbolo do negócio. “Este animal é um dos símbolos mais famosos da China e reflete, na nossa cultura, o respeito e a herança. Na cozinha estende-se à arte de recordar a essência profunda da nossa cozinha e a busca suprema pela qualidade”, explica Songlei Zhang, proprietário do espaço em Lisboa.
O chinês que vive em Portugal há 14 anos tem outros espaços ligados à cultura oriental. Em 2024 viu na cadeia que nasceu em Espanha uma ótima oportunidade para crescer e lançou-se na proposta de um franchising ibérico. “A comida não é apenas um tipo de alimento, mas também um importante veículo, neste caso, da cultura chinesa. Através dos nossos pratos, os portugueses podem compreender e experimentar melhor a nossa cultura e sentir a sua profunda herança cultural e o seu encanto único”, adianta.
Songlei Zhang desfaz-se em elogios a Portugal: da estável situação política às infraestruturas, antes de chegar ao que mais atrai os imigrantes: o bom tempo e as paisagens de um País costeiro, que encantaram quando cá veio pela primeira vez de férias. Assumiu Lisboa como a “sua cidade”, casou com uma portuguesa e apostou na restauração.
Em 2024 abriu o o Xiaolongkan, também no Parque das Nações, um espaço dedicado ao hot pot, onde cada cliente tem de cozinhar a sua refeição diretamente na mesa. O passo seguinte passou por apostar na comida tradicional do seu país. Apercebeu-se do sucesso da cadeia Dragon Kitchen em Espanha e propôs abrir um espaço igual na capital. Encontrou um local com capacidade para 90 pessoas e implementou a decoração que combina dourados e madeiras, já presente nos restaurantes espanhóis. “Foi necessária alguma discussão, mas chegamos a um estilo que agrada à marca e a nós”, diz.
Da cozinha, comandada por uma equipa de chineses, saem alguns pratos mais típicos daquela zona do mundo. O pódio dos mais pedidos está ocupado pelo arroz crocante de marisco (7,95€), o arroz frito com trufas negras (9,95€) e, claro, a wagyu com alho dourado e pimenta-preta (12,95€). A fazer-lhes sombra surge o peixe-esquilo e o chopsuey de camarão ao estilo de Xangai (12,95€), ou seja, salteado com vegetais.
Para acompanhar sugerem o licor chinês, que, como contam, tem um “longa história e um legado cultural enorme na China”. “O vinho branco chinês tem um elevado teor alcoólico, é adequado para ser bebido formalmente e possui ingredientes biologicamente ativos ricos, o que traz certos benefícios para a saúde do corpo humano. Mas como é forte, diz-se que já inspirou vários escritores a criarem um grande número de obras literárias”, brinca o proprietário.
Carregue na galeria para descobrir o novo restaurante de comida chinesa em Lisboa.