Nos últimos anos, muitos edifícios históricos abandonados e monumentos degradadas foram recuperados e ganharam uma nova vida. Uns transformaram-se em empreendimentos residenciais de luxo, outros abriram portas como hotéis. Agora, os fortes de S. Pedro e de S. João da Cadaveira, em Cascais, vão renascer como restaurantes.
Classificados como Imóveis de Interesse Público desde 1977, estes dois imóveis foram a concurso público pelo Revive, o programa que quer recuperar edifícios de norte a sul do País e transformá-los em espaços turísticos. A recuperação destes fortes que se encontravam em degradação e a serem alvo de diversas ações de vandalismo é uma “aspiração antiga de Cascais”.
Os concursos públicos de concessão destas construções foram lançados no final de 2021 com vista à realização de obras e posterior exploração e os contratos foram assinados no início de junho, adiantou o “Eco”. Uma das concessões foi entregue à empresa David Igrejas Unipessoal, Lda que vai ficar responsável pelo forte de S. Pedro nos próximos 50 anos, sendo que tem um prazo máximo de três anos para realizar todas as intervenções necessárias e ter o restaurante em funcionamento.
Já a concessão do forte de S. João da Cavadeira, construído no século XVII foi entregue à Canária Tagarela, Unipessoal, Lda. O empresário Gonçalo Pousinho prevê que a abertura do futuro restaurante aconteça dentro de 18 meses.
Tanto o forte de S. Pedro como o forte de S. João estão devolutos há vários anos e encontram-se em avançado estado de degradação. Situado na Praia da Poça, na freguesia de S. João do Estoril, com vistas privilegiadas sobre o mar, o Forte de São Pedro, também conhecido como Forte Velho, fazia parte do conjunto de fortalezas joaninas edificadas entre 1642 e 1648. Depois da sua desativação, no século XIX, a fortificação passou por diversas tutelas, que, em diferentes épocas, deram distintas utilizações ao espaço. Em 1954 foi transformado em Casa de Chá, e a partir de 1957 foi arrendado a um particular, passando a albergar inicialmente um restaurante e posteriormente uma discoteca.
Quanto ao forte de S. João, está desativado das funções militares desde 1843. Assim como o primeiro, faz parte do conjunto de fortalezas joaninas que surgiram para criar uma linha defensiva entre São Julião da Barra e o Cabo da Roca.