Aquilo a que os portugueses chamam de empadão é um prato que consiste numa base de batata com um recheio no meio e uma cobertura — também de batata— em cima. No Brasil, este conceito chama-se “escondidinho” ou “bolo de batata” e é “como se fosse uma empada que cresceu mais um pouco”.
Quem o explica são os responsáveis do Flynpadão, o projeto que entrega na área da Grande Lisboa alguns dos pratos simples mais valorizados pela cultura carioca e visitantes do Rio de Janeiro. O nome pode soar estranho, mas inspirou-se em Flyn, o labrador preto que é como um filho adotivo para os três sócios e que serve de metáfora para o empadão.
“É o prato que serve de café da manhã, almoço e jantar. É quase um amigo de verdade. Assim como um cão, que aguarda os donos na porta de casa, ele fica ali, à nossa espera na geladeira por três dias inteiros, se for preciso“, explicam.
O projeto foi lançado em março por três “brasileiros portugueses”: Rafael Agos de 31 anos, que trabalha como chefe de produto na L’Orèal; Joel Queiroga, de 33 anos, que é designer e tem um estúdio no Brasil chamado Studio Peixe; e Bárbara Albuquerque, de 24 anos, jornalista desportiva. Os três são netos de portugueses e mudaram-se para Portugal há cerca de três anos — com eles, veio também o Flyn.
Segundo os sócios, no Rio de Janeiro o importante é comer bem, sem cometer excessos e sem gastar muito dinheiro. Para pegar neste conceito carioca e o adaptarem à realidade lisboeta, criaram um delivery com um menu curto e simples: tem três sabores de empadão, strogonoffs, um açaí, cookies e uma moqueca baiana aos domingos.
A estes pratos, têm por hábito referir-se nas redes sociais e comunicações com os clientes por “rangos vermes”, uma expressão brasileira que significa algo como “boa comida”. “Rango” é a refeição e “verme” serve para enfatizar que um determinado sabor é “muito bom” — e a explicação bem humorada está na página de Instagram do Flynpadão, onde vai encontrar outras expressões tipicamente cariocas.
Uma das diferenças que o empadão brasileiro tem para o português é a massa fina e sequinha, com uma consistência diferente da típica base de batata em Portugal. Entre os “rangos” disponíveis, há o empadão de Frango Creme, que é o mais clássico de todos, feito com cream cheese (8€); o Palmitada, vegetariano e com um toque especial de leite de coco (8€); e o Camarão Morgado, com temperos baianos (12€).
O strogonoff da casa chama-se Strogoflyn e consiste no prato tradicional feito com molho inglês e acompanhado por batata palha e arroz (6€). Aos domingos, a moqueca é servida com peixe, camarão, farofa de dendê e arroz solto (10€).
Para sobremesa, peça uma Cookiezada, a cookie com pepitas de chocolate inspirada na receita americana (0,75€), ou um Potão de açaí de um litro, que pode vir acompanhado de banana, morango, maracujá, manga ou graviola (15€).
Quem quiser, pode pedir os empadões pré-assados, para cozinhar mais tarde (basta colocar 35 minutos no forno), ou até mesmo pré-assados e congelados (precisa de 50 minutos no forno). As instruções para os preparar em casa estão nos stories do Instagram.
Até existir uma loja física, o Flynpadão faz o delivery nas zonas de Lisboa, Sintra, Oeiras e Cascais por pré-agendamento. No centro de Lisboa, o serviço acresce 2€, nos arredores e linha o custo é 3€ e em Cascais, Estoril e Sintra, o valor de entrega é 4€.
Pode encomendar pelo telefone 915 675 444, através do WhatsApp, por email (rangosvermes@nullgmail.com), ou por mensagem no Instagram. Para mais informações, veja também as páginas de Facebook e Twitter da marca.