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Fomos ao Al Quimia e demos um mergulho no mar sem sair da mesa

O restaurante do Epic Sana Algarve, em Albufeira, tem novos menus de degustação. Um deles, o Coral, é focado em peixes e mariscos.
O lavagante é servido com cozido à portuguesa.

O Al Quimia mudou muito nos últimos anos. De discreto restaurante num hotel de cinco estrelas no Algarve, quer tornar-se uma referência na região e também no País. Uma das últimas refeições que a NiT fez naquele espaço tinha também muitos elementos criativos. Desde experiências sensoriais, a fumos, vendas nos olhos e algemas, tivemos direito a muita coisa.

Este verão, voltámos ao restaurante de Albufeira para algo bastante diferente. O espaço ganhou lugares no exterior, o que torna bastante agradável ter uma refeição por lá durante os dias de verão. Foi precisamente nessa zona em que provámos as novas criações do chef Luís Mourão.

A carta tem a opção de escolher pratos individualmente, mas o melhor é mesmo seguir para uma das degustações — não se vai arrepender. O Coral é o mais indicado para os fãs de produtos do mar. É muito focado em peixes e mariscos e é um autêntico mergulho de sabores sem sair da mesa. Nem precisamos de uma toalha para secar. 

Todo o serviço é bastante cuidado, desde a receção do hotel até aos empregados que à medida que trazem os pratos e os pequenos snacks explicam tudo ao mais pequeno pormenor. Vê-se que conhecem o menu que servem, já que ditam sabores que sentimos mais tarde a cada colherada e garfada.

Salmonete Braseado, Xerem de Cataplana e Presunto 5J’s.

Além do Coral, que custa 130€, estão disponíveis o Pinhal (110€), com mais sabores de terra, e o Alcofa (75€), uma sugestão sem carne ou peixe. Se quiser ficar com o sabor a mar durante algumas horas, o melhor é optar pelo Coral.

O menu começa, como é habitual, pelo couvert. É servido um pão de alfarroba, um ingrediente da região, um brioche de azeitona preta e três variedades de manteiga, dispostas de forma bastante peculiar no prato. Uma é de alga, outra de dashi e uma com a textura de uma areia que é de marisco. 

A sardinha é o primeiro prato servido. Os sabores remetem para os Santos Populares, mas aqui com um toque mais gourmet. Há um crocante de sapateira, uma maionese de alho, a sardinha em salmoura e braseada, óleo de sardinha, pimento assado.

O carabineiro seguinte chega com várias texturas de beterraba, em gel e carpaccio, um crocante de carabineiro e um gelado de abacate e wasabi, tudo a combinar muito bem. Depois do lavagante, que foi servido com caldo de cozido à portuguesa, coisa que funciona, não estranhe: é apresentado o lingueirão. Junta açorda de coentros e poejo, um crocante de pão e uma maionese de lingueirão e maionese.

O pregado é o peixe seguinte. É cozido ao vapor e depois levemente braseado. Tem um molho de erva príncipe e algas e uma pipoca feita com a pela do peixe.

Segue-se o peixe imperador, que é preparado um outro elemento típico da região, o xerém. Neste caso, é de cataplana e bacon. Junta também uma maionese de espinafres e um crocante de salsa.  Começamos a vir respirar depois do mergulho com a pré-sobremesa, uma sanduíche com bolacha americana, creme de queijo, marmelada e vinagrete de framboesa.

O coral é a sobremesa propriamente dita. O menu termina com um prato com um coral desenhado. As formas são dadas com mousse de alga e chocolate branco, uma espuma de maçã verde, um sorbet de pepino e hortelã e um gel de limão. 

Coral – mousse de alga codium e chocolate branco.

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