LET'S ROCKNa noite do grande apagão, Portugal parou e nem todos entraram em pânico. Sem eletricidade, com a televisão em silêncio e as luzes apagadas, muitos improvisaram jantares à luz das velas. O que podia ter sido um caos transformou-se, em muitas casas, numa noite inesperadamente romântica.
Agora que a luz já voltou, há quem tenha ficado com vontade de repetir a experiência, mas sem imprevistos, geradores ou cenários dignos de filmes apocalípticos. A pensar nisso, a NiT reuniu alguns dos melhores restaurantes em Lisboa onde a luz é pouca e o ambiente é intimista.
Para uma experiência memorável, sem qualquer luz, pode experimentar o Dans Le Noir, no Sheraton. O grupo, fundado em 2004, oferece a oportunidade de saborear uma cozinha gourmet, criativa e sazonal num ambiente totalmente às escuras, com o objetivo de enaltecer a experiência sensorial. Chegou a Portugal em setembro de 2024 e continua a receber clientes três noites por semana.
Quem decidir aventurar-se poderá deliciar-se com um menu surpresa, que inclui entrada, prato principal e sobremesa, com ou sem harmonização de vinhos. Num ambiente de escuridão total, os clientes são assistidos e guiados por uma equipa com deficiência visual.
O chef Valdir Ramos é o responsável pela criação do menu. “A cozinha do chef é criativa, deliciosa e genuína, com inspirações da América Latina e da Ásia. Os pratos baseiam-se na escolha de ingredientes frescos e sazonais de alta qualidade”, descreve a organização.
Já para um ambiente puramente romântico, o ideal será reservar uma mesa no No Convento. O restaurante, que ocupa o antigo Convento das Bernardas, abriu em dezembro de 2023 e oferece um ambiente diferente, acolhedor e que procura enaltecer os traços do edifício histórico. O espaço foi recuperado por Sacha Gielbaum e Emil Stefkov, donos do Casa Reîa, na Costa da Caparica, e do Black Trumpet.
Passaram horas no chão, a comparar amostras, a emparelhá-las lado a lado com os padrões e texturas do piso e das paredes, a jogar com as luzes. O resultado é um ambiente romântico, sem grandes lampejos de cor, que respeita a linha tradicional da arquitetura. Mesmo os objetos decorativos, todos novos, foram feitos de forma personalizada.
Na mesma linha de espaços históricos encontramos o Palácio Chiado. A antiga residência do General Junto e do Barão de Quintela, que resistiu ao terramoto de 1755, foi transformada num food court requintado com acesso a duas salas privadas. Quem desejar pode reservar um dos espaços e decorá-lo ao seu gosto e ainda escolher o menu personalizado. Assim garantem um jantar intimista, igualmente preparado pelo chef Manuel Bóia.
“Celebramos as idiossincrasias dos que nos visitam com criações ecléticas e democráticas, que fundem receitas tradicionais além-fronteiras com as coordenadas das vivências do chef”, referem no site.
O Brilhante de Luís Gaspar é outro dos espaços perfeitos para jantares românticos. Ao entrar no espaço do Cais do Sodré, o cliente é transportado para a Lisboa dos anos 60 e 70, dominada por “cafés e restaurantes mais boémios e noturnos, que serviam de ponto de encontro à alta sociedade, à burguesia e maçonaria”.
Para recriar esse ambiente, foram recuperados os couros, os veludos e os dourados característicos da decoração destes locais emblemáticos da capital. Assim nasceu uma casa elegante, intimista, onde os jantares são iluminados por luzes baixas e com recursos a velas.
O Mini Bar de José Avillez é outro dos espaços mais procurados por casais. Não é fácil encontrá-lo, escondido nas entranhas do Bairro do Avillez. Depois de atravessar dois restaurantes, chega-se a uma estante desenhada por Joana Astolfi. Um toque numa das estatuetas revela a porta secreta para a sala, que desde 2020 é a nova morada do Mini Bar, criado pelo chef em 2014. Ali os casais podem jantar sem a confusão de um grande restaurante.
Carregue nas sextas abaixo para conhecer os cinco restaurantes onde pode marcar o próximo jantar romântico.
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