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Chef Hugo Candeias deixa grupo Paradigma e todos os projetos associados

O chef terminou a relação de cinco anos com a empresa que detém o Dona e o Ofício — Tasco Atípico, entre outros.

Hugo Candeias serviu esta segunda-feira, 3 de novembro, os últimos pratos e tartes bascas no restaurante Ofício — Tasco Atípico. O chef deixou o grupo Paradigma que detém este e outros restaurantes a que o profissional estava ligado. A saída foi uma decisão do próprio chef, que quer agora dedicar-se a projetos próprios e a desenvolver a criatividade.

“Foi uma decisão difícil, muito ponderada, mas de mútuo acordo. Preciso e sinto que enquanto cozinheiro tenho mais para dar, criar e evoluir, o meu trabalho dentro da Paradigma está cumprido”, contou à NiT. “Temos objetivos diferentes, o que está tudo certo. Foram cinco anos fantásticos de muito trabalho e dedicação que chegam agora ao fim”, acrescenta.

Hugo Candeias liderava o Ofício, um espaço onde esteve envolvido desde as obras que lhe deram forma, assim como o Lota Sea &Fire e ainda o Dona by Hug Candeias, onde vendia a sua famosa tarte basca. Com a saída do grupo, quebra a ligação com qualquer projeto anexado ao Paradigma. “A minha ligação termina com todos os projetos dentro da estrutura”, adianta.

O chef quer agora tirar um tempo para refletir e depois começar a trabalhar noutros projetos a solo. Hugo Candeias não esconde a vontade de aventurar-se e explorar novos conceitos que combinem tradições portuguesas ou mesmo outro tipo de cozinhas, como a mexicana.

“De momento não há novos projetos, simplesmente um tempo para refletir e perspetivar o futuro sem nada certo, mas com muita vontade”, concluiu. Até lá vai continuar com nova sessões do Disco Taco, um conceito pensado para quem gosta de dançar ao som das músicas dos anos 1980, enquanto come um taco.

O conceito em formato de pop-up estreou em outubro na Rua de Arroios 60. O Ramboiage ficou encarregue da seleção das músicas enquanto o chef Hugo Candeias preparou os tacos. Do Monarch chegaram cocktails para regar a noite.

“Trata-se de um conceito descontraído, próximo e muito animado”, disse o chef à NiT, enquanto explica que partiram de dois pontos-chave: a música e a gastronomia, ambos como forma de diálogo, representação e de expressão.

“A nível gastronómico a aposta passa pelos tacos como o próprio nome indica, divertidos, saborosos, não esquecendo a tradição e cultura de onde provém”, refere. A próxima edição irá acontecer em dezembro e a entrada na festa é livre.

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