Dois miúdos de apenas 10 anos foram encontrados a trabalhar num restaurante McDonald’s em Louisville, nos Estados Unidos da América (EUA). Segundo a imprensa internacional, era comum trabalharem até de madrugada e sem receberem salário. A descoberta foi feita durante uma investigação do Departamento do Trabalho norte-americano a 2 de maio.
“Preparavam e serviam pedidos de comida, limpavam o restaurante, trabalhavam na janela do drive e operavam uma caixa registadora”, explica a NBC News. “Um deles também foi autorizado a trabalhar com uma fritadeira, tarefa proibida a menores de 16 anos pela lei federal.”
Nos EUA, a legislação fixa os 14 anos como idade mínima para trabalhar, sendo que para poderem continuar os estudos, os jovens até aos 16 anos têm um limite diário de horas laborais.
“Esses relatórios são inaceitáveis, profundamente preocupantes e defraudam as elevadas expectativas que criamos para a nossa marca”, disse Tiffanie Boyd, vice-presidente sénior e diretora de Recursos Humanos da McDonald’s EUA. Já a responsável distrital da multinacional, Karen Garnett-Civils, admitiu que muitas vezes os empregadores “não cumprem as leis laborais que protegem os trabalhadores mais jovens”. “Em circunstância alguma um miúdo de 10 anos poderia trabalhar numa cozinha de fast food, perto de grelhas quentes, fornos e fritadeiras”, realça.
O problema é que não se trata de uma realidade única. Foram encontrados casos semelhantes noutros restaurantes da cadeia. Os estabelecimentos em causa foram obrigados a pagar multas de 200 mil dólares (mais de 181 mil euros).
O responsável do McDonald’s onde os miúdos de 10 foram apanhados a trabalhar garantiu à CNN que estes estavam com o pai — um gerente noturno — e apenas de visita. Os restantes restaurantes onde foram encontrados casos semelhantes não teceram quaisquer comentários.
