Bruno Silva tem 36 anos e trabalha na restauração há 18 — começou como cozinheiro e, atualmente, é chefe de cozinha. Trabalhou em restaurantes com estrela Michelin, como o The French Laundry, nos Estados Unidos, e o Noma, o espaço de Copenhaga que já foi considerado o melhor do mundo. Ali, trabalhou como sous-chef entre 2013 e 2015.
Em 2018, já por Lisboa, conheceu Kamlesh Mulchandani, de 42 anos, que o convidou para trabalhar num restaurante vegan. “Tivemos uma boa relação, mas tive que sair para trabalhar noutro grupo”, conta Bruno à NiT. O tempo voltou a juntá-los. Com a ajuda de Virat Kapoor (36 anos) e Dhurba Subedi (37), Kamlesh abriu Café Julliet, o novo restaurante do Barreiro, a 26 de janeiro. “Escolheram este nome porque é algo que soa familiar a toda a gente, graças à história de Romeu e Julieta.”
Kamlesh, Virat e Dhurba apostam na abertura de novos restaurantes em Portugal há vários anos. “Têm grupos diferentes e estão-se a juntar para investirem massivamente no nosso País”, conta o chef executivo. “O plano é abrir vários conceitos atrativos e diferentes em vários lugares, não só Lisboa e Porto, mas também nas ilhas e pelo País inteiro”, acrescenta.
Bruno já tem experiência com o fine dining, mas essa não é a expressão que usa para descrever o Café Julliet, um espaço “fun dining”. Um sítio onde “comer é divertido” e sem grandes pretensiosismos. “Vamos ter produtos de brunch, como waffles e panquecas, mas também outras propostas bem junk food, com bastante molho e que chamam muito à atenção.”
O chef está convicto que os hot dogs vão tornar-se bestsellers. Pode optar pelo Marley (6€), com salsicha, queijo derretido, chips e cebolinho; Boss (7€), com barriga de porco desfiada cozida por seis horas, molho barbecue, cebola caramelizada, pickles e maionese de lima; Bacon (7€), que inclui salsicha enrolada em bacon, maionese de kimchi, cebola crocante e rúcula; ou pelo Hulk (5,5€), com salsicha de soja, espinafre, tomate confit, sementes, cebola crocante e maionese teriyaki.
O menu inclui também os hambúrgueres “irresistíveis”. O É Um Clássico Por Alguma Razão (8€) leva 180 gramas de vitela, molho especial, cheddar e salada. Já o Um Clássico Ainda Melhor (9,5€) inclui a mesma carne, molho e queijo, e três fatias de bacon. O Valente (8€) é para os fãs de frango. Inclui peito panado, queijo derretido, cebola caramelizada, molho especial, salada e “muito sabor”. Os vegetarianos não foram esquecidos: podem pedir o Veg Burguer (7,5€), com hambúrguer de soja, queijo derretido, cebola crocante e salada.
Também têm pratos tipicamente portugueses, mas com um twist. “Fizemos uma reinvenção do pastel de bacalhau”, revela. Este leva maionese de kimchi e custa 5€. Vai poder provar ainda os pastéis de camarão e molho teriaki (6€), as tex-mex com molho de queijo, jalapeños e maioneses chipotle (4€), entre outros. As batatas fritas, com bacon e queijo cheddar derretido por cima vão saltar à vista. Custam 5€.
Se os pratos prometem ser um sucesso, o Café Julliet merece um visita por outra razão: a vista desafogada sobre o rio Tejo. “Dá para ver o Seixal e um pedacinho de Lisboa”, descreve Bruno. Lá dentro predominam os tons verdes, com alguns quadros na parente, além de muitas plantas espalhadas pelo restaurante.
No total, entre interior e esplanada, têm 42 lugares. No entanto, a capacidade vai aumentar para cerca de 60 assim que o tempo melhorar. “Queremos pôr uns pufes na relva”, realça.
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