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Kureiji Izakaya: a taberna de Tóquio que aterrou no Cais do Sodré

Inspirado nas izakayas japonesas, procura servir pratos autênticos no ambiente descontraído de final de tarde.

Em julho do 2024, Diogo Esteves e João Francisco Duarte partiram numa viagem pelo Japão com o objetivo de trazerem de volta para Portugal os pratos mais autênticos e conceitos diferenciadores. Entre vários percalços e situações caricatas, conseguiram trazer na bagagem tudo o que precisavam para inaugurar, no final de fevereiro, o Kureiji Izakaya.

O nome deixa adivinhar o conceito: em japonês, izakaya é o nome dado a pequenas tabernas que abrem ao final do dia para servir bebidas e alguns petiscos — tudo o que a dupla de sócios queria fazer. Kureiji, por outro lado, significa um “samurai louco”, descreve João Francisco, de 40 anos, que confessa que a expressão é tudo o que a dupla representa.

O espaço na Rua de São Paulo, no Cais do Sodré, foi decorado por Diogo Esteves, enquanto João Francisco se ocupava das facas e do menu. Optaram por fazer algo diferente e escolher cores claras e mais sóbrias para o restaurante. As paredes estão cobertas de azulejos, para que a galeria que criaram com fotografias de Ricardo Cruz tiradas no Japão se destaque. O balcão com capacidade para 26 pessoas tem um tom claro “para que se absorva a cultura do street food”.

Nos restantes 14 lugares, espalhados pela sala, os clientes podem escolher alguns dos pratos pensados de raiz pelo chef João Francisco. “Para partilhar, destacamos os nigiris (13€), ukama (12€) ou shu toro (13€), as gyosas crocantes (9€), ou os puríssimos usuzukuris de pregado (10€) ou lírio (12€)”, refere.

Na carne, todas as atenções recaem, segundo o chef, sobre a wagyu, no prato ou também servida como wagyu sando (20€), isto é, numa sandes japonesa. O yakisoba (14€), um macarrão frito, e o yakimeshi, arroz frito, são opções que podem ser combinadas com tori (frango) (10€) ou ebi (camarão) (12€). “Decidimos apostar no produto e na qualidade. Os ingredientes chegam-nos diariamente de mercados próximos, como o Mercado 31 de Janeiro.” As ostras vêm de Olhão e o matcha diretamente de Sakuraen.

Quando afixaram o menu final, decidiram traduzir também para japonês, para “ser mais autêntico”. O que não sabiam é que estava tudo mal escrito. Valeu-lhes a contratação do subchef Kazuya Yokoyama, que alertou os patrões que, por exemplo, saké, estava traduzido em caracteres japoneses como café.

Para acompanhar os pratos, António Maçanita foi chamado a criar uma carta de vinhos com opções que cobrem de norte a sul do País, incluindo as ilhas. Não falta também saké (desde 9€).

A dupla está a preparar ainda uma sala extra no saguão, que fica nas traseiras do restaurante. “A ideia é criar um género de street food, à semelhança dos que existem nas ruas mais estreitas de Tóquio, em que as mesas são feitas de grades de cerveja e tem um ambiente muito peculiar”, conta o chef.

Às sextas e sábados o Kureiji Izakaya transforma-se depois num bar onde o DJ Tiago Santos, da rádio Oxigénio, vai passar música. “Nos restantes dias só passa música japonesa. Comprámos mais de 100 vinis na viagem ao Japão, dos anos 1970 a 1990, do estilo groove, para criar uma boa vibe”, diz.

Ainda da viagem ao Japão trouxeram várias parcerias para criarem jantares a quatro mãos com chefs japoneses. “Serão uma coisa com bom produto e bom preço. Não queremos roubar ninguém. O nosso objetivo para este espaço é criar uma boa vibe e ter um bom feedback dos clientes”, remata.

Carregue na galeria para descobrir o novo Kureiji Izakaya.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Rua de S. Paulo 99
    1200-058  Lisboa
  • HORÁRIO
  • Quarta e quinta das 19h às 00h
  • Sexta das 19h às 2h
  • Sábado das 12h às 15h e das 19h às 2h
  • Domingo das 12h às 15h e das 19h às 00h
PREÇO MÉDIO
Entre 20€ e 30€
TIPO DE COMIDA
Japonesa

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