Restaurantes

Ligue ao Rafael de “Hell’s Kitchen” e marque um jantar de sushi privado em casa

Passou pela cozinha de vários restaurantes e, ainda antes de participar no programa da SIC, criou um projeto ao domicílio.
Rafael foi um dos concorrentes da segunda edição de “Hell’s Kitchen”.

A pandemia deixou Rafael Pombeiro, 26 anos, sem trabalho. Em 2020, fazia parte da equipa do restaurante Prado, em Lisboa. Pouco depois dos primeiros casos de Covid-19 serem confirmados em Portugal, o espaço dispensou parte do pessoal — Rafael incluído.

“Nunca tinha estado tanto tempo parado. Em casa, no sofá, comecei a pensar no que fazer e até se mudava de profissão”, explica à NiT.

Ainda assim, não se deixou ficar e criou um negócio próprio, antes de participar na segunda temporada de “Hell’s Kitchen”, da SIC: “A pandemia despertou o bicho de empreendedor que tinha em mim e que não sabia. Comecei a ter mais responsabilidades, a questão de ser dono, de pensar mais nas compras e nos produtos que tinha de encomendar.”

Estava em casa com os pais quando começou a criar as bases daquele que viria a ser o projeto atual. “Encomendei sushi e não estava com a qualidade que pretendia. Dias depois voltei a fazer um pedido e a não ficar satisfeito. Pensei que tinha aqui uma oportunidade, de fazer um sushi como devia ser.”

Rafael mora na zona da Moita e depois de testar serviços de entregas na localidade, em Alcochete e noutras áreas da Margem Sul, começou a fazer poké bowls em casa. “Já tinha trabalhado num espaço de sushi, mas como não tinha muita experiência em rolos, pensei em usar a técnica, mas para poké, com um arroz idêntico, alguns temperos e um toque diferente.”

Começou a fazer entregas para alguns amigos. Com o feedback positivo dos clientes, criou um logótipo na Internet e o tema ficou mais sério. “Passei a fazer tudo, desde os pratos, às entregas, à compra dos peixes e até atender chamadas. Percebi que não era fácil ter um negócio sozinho e que uma equipa é uma mais-valia.”

Chamou um amigo e teve também a ajuda de outra pessoa que estagiou na empresa durante alguns meses. “Muitas vezes a minha mãe chegava a casa a perguntar onde ia cozinhar, já que dominava grande parte daquele espaço.” O negócio corria bem, mas teve de terminar abruptamente depois de receber um telefonema anónimo a dizer que o iam denunciar, por estar a fazer este serviço em casa e sem licença.

Decidiu parar, mas não por muito tempo. Os pais até lhe propuseram abrir um espaço, mas Rafael não quis. “Ter um restaurante é complicado, muitas licenças e burocracias.” Optou por continuar na onda do sushi, mas desta vez ao domicílio.

Assim surgiu o Sushishu Experience. Amigos que sabiam que cozinhava bem convidaram-no para fazer jantares privados em casa. A partir dali percebeu que podia continuar a fazer negócio com este conceito. “Vendo uma experiência, não apenas o sushi. As pessoas podem ajudar no jantar, que é sempre uma parte engraçada, veem todos os cortes e preparações a serem feitas ao vivo.”

O orçamento é sempre feito à medida de cada jantar, uma vez que é possível definir o número de pessoas, o menu e até a localização. Pode chamar Rafael para qualquer zona do País. É através da página de Instagram, do telefone 912 082 389 ou do email sushisu.info@nullgmail.com que consegue saber todas as informações.

Nos últimos meses, o jovem chef tem-se dedicado a este projeto — apenas parou durante as gravações de “Hell’s Kitchen” —, mas já existem ideias para outros negócios. “Gostava de ter uma empresa de catering que não fosse só sushi. Quero abrir o negócio também a sugestões vegan e de comida portuguesa. Estou à espera de uma oportunidade.”

Participou no concurso que tem Ljubomir como protagonista e, apesar do trabalho como chef ali desempenhado, e noutras experiências que teve, não se vê a trabalhar numa cozinha neste momento. “É nos serviços ao domicílio que me vejo agora e não num restaurante. Trabalhar para os outros é complicado.”

A formação na área começou na escola de hotelaria de Setúbal, com o curso de cozinha e pastelaria. Estagiou na Fortaleza do Guincho e o currículo inclui passagens pelo Ritz, Belcanto, Sublime Comporta ou Prado, onde estava antes do começo da pandemia — e que precipitou o arranque do negócio próprio.

Por enquanto, é possível vê-lo no programa da SIC. À NiT explica que não chegou a entrar na primeira temporada e que foi repescado para esta segunda, que estreou no início de janeiro.

“O maior desafio neste programa é sermos profissionais e a imagem que passamos. Pode-se sair com boa ou uma má imagem.”

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