Restaurantes

Luffa. Novo restaurante do Porto tem pratos diferentes todas as semanas

O espaço fica dentro do hotel Saboaria, mas tem uma entrada exclusiva pelo exterior. Serve pequenos-almoços ao público geral.
Tudo muda a cada semana.

Se já passou por uma horta repleta de luffas, provavelmente nem sequer percebeu do que se tratava. Semelhantes a pepinos, estas plantas originam um produto amplamente utilizado durante o banho. Confuso? Nós explicamos. 

O cultivo da luffa é semelhante ao de outros legumes, mas após a colheita, este fruto fibroso é colocado a secar, retirando-se a casca. O que resta pode ser aproveitado como esponja natural e também como ingrediente em diversos pratos. João Ribeiro ficou intrigado com este conceito e decidiu usar a luffa como inspiração para o nome e conceito do seu novo restaurante, que está em soft opening desde julho no centro do Porto.

O Luffa está instalado no hotel que foi construído nas antigas instalações da Saboaria do Bulhão, fundada em 1881. A pequena fábrica, situada nas traseiras, ligava os dois edifícios voltados para a rua do Bonjardim e agora este complexo abriga, além de 28 quartos, o novo restaurante de João Oliveira. Embora esteja situado numa unidade hoteleira, o Luffa possui uma entrada exclusiva pelo exterior.

Este é o segundo projeto do chef de 34 anos, que abandonou a pastelaria em favor da restauração ao perceber que preferia salgados a doces. O seu primeiro espaço, o Goela, também no Porto, abriu em 2020. Ultrapassou os desafios impostos pela pandemia e continua a encantar os clientes com “pratos de conforto”. Quando foi convidado a fazer parte do Saboaria, João decidiu “seguir um caminho completamente diferente”.

Começou por pensar num nome que pudesse relacionar-se com o universo dos cuidados pessoais, mas também com o conceito que queria implementar. “A luffa é comestível e, além disso, é um produto de limpeza que pode ter um efeito abrasivo ou mais suave. A minha intenção era refletir isso nos diferentes momentos da refeição. O pequeno-almoço deve ser algo mais doce e relaxante, tal como o almoço. Já o jantar deve ter um toque mais intenso, ser mais audacioso”, explica.

Para concretizar a sua visão, João contratou a chef Francisca Passos, e juntos elaboraram uma carta “com uma matriz portuguesa, focada em ingredientes de produtores locais”. “Gosto de preparar comida de conforto, e ajuda-me a elevar a técnica”, acrescenta. 

Há sempre um prato de peixe e outro de carne.

Os pequenos-almoços, que têm sido muito bem recebidos, refletem o cuidado que caracteriza o Luffa. “Apesar de estarmos num hotel, não queríamos oferecer um simples buffet, por isso servimos à carta, permitindo que os clientes escolham o ponto dos pratos. O objetivo é evitar aqueles ovos que parecem estar prontos há demasiado tempo”, afirma.

Por 25€, os clientes podem escolher entre várias bebidas quentes ou sumos de fruta, iogurtes simples ou com granola, panquecas, tostas de salmão, cogumelos ou barriga de porco, ovos, pratos de queijos e enchidos, saladas e pastelaria portuguesa, destacando-se os pastéis de nata e os croissants de massa mãe.

Durante os meses de soft opening, aproveitaram para testar o menu de almoço, que será também servido ao jantar. “A partir de outubro, iremos abrir para o jantar, por isso precisávamos de fazer algumas provas”, revela. Para proporcionar experiências distintas, o menu de almoço conta com quatro opções semanais: uma de peixe, outra de carne, uma vegetariana e uma pizeta — uma pizza individual. Esta última foi criada devido à existência de um forno a lenha no espaço, “e precisávamos de aproveitá-lo”.

O prato do dia custa 12€, e adicionar uma entrada ou sobremesa implica um custo adicional de 4€. Por exemplo, esta semana, o prato de carne é bife de novilho com batata dourada, labneh e ervas, enquanto no menu de peixe a sugestão é dourada, acompanhada com feijoca e amêndoa. A proposta vegetariana é gnocchi com pesto de espinafres, sementes de girassol e requeijão, e a pizza trazia pimentos, anchovas e azeitonas.

Para quem prefere opções mais variadas, há também a possibilidade de escolher à carta, “que vai buscar alguma portugalidade”. João Ribeiro decidiu incluir uma tosta de cenoura à algarvia (7€), croquetes de pato (6€), um slider de picanha com cheddar e pickles (7€), além de outros petiscos, como uma tábua de queijos e presunto (12€).

No que diz respeito às bebidas, contou com a colaboração de Rita Maria, a chef de bar e sala, responsável por desenvolver uma carta de vinhos rica em referências portuguesas, com destaque para as opções naturais, além de uma seleção de cocktails de autor. “Temos um com framboesa, cacau e rum (7€), outro de laranja com erva-príncipe e cachaça (8€), e um cocktail mais gastronómico com tomate e gin (7€). Todos têm um toque distinto”, salienta o portuense.

O Luffa, que possui capacidade para 40 pessoas, está situado numa localização privilegiada, a apenas cinco minutos a pé da Praça da Liberdade e a dois minutos da estação de metro mais central da cidade, na Trindade.

 Carregue na galeria e veja mais imagens do novo restaurante portuense.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    R. do Bonjardim 574
    4000-118  Porto
  • HORÁRIO
  • Segunda a sexta das 7h às 10h30 e das 12h30 às 15h
  • Sábado e domingo das 7h às 15h
PREÇO MÉDIO
Entre 20€ e 30€
TIPO DE COMIDA
Portuguesa

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