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Mozaic 2.0: o fine dining de Bali onde pode jantar por 55€ é um “oásis tropical”

O restaurante em Ubud reabriu após uma pausa de 11 longos meses — e está melhor do que nunca.
Uma experiência única.

Quando pensamos nos locais mais bonitos do mundo, há um que nos vem logo à cabeça: Bali, na Indonésia. A chamada Ilha dos Deuse é reconhecida pelas suas praias e paisagens incríveis, pelas ondas perfeitas para o surf, pelos templos hindus, pela vegetação luxuriante — e não só.

Os preços locais são relativamente baratos para os turistas ocidentais, e por isso mesmo, é também um destino muito atrativo para os foodies. Se se considera um fã de comida, apostamos que já deve ter pensado em reservar umas férias em Bali.

Ali, os pratos e cocktails dos restaurantes mais requintados apresentam preços equivalentes ao que estamos habituados a pagar em spots mais banais na Europa. Resultado: está a tornar -se um destino gastronómico reconhecido e tem atraído também muitos chefs de renome. Ou seja, num verdadeiro oásis tropical para os apaixonados por comida.

Coincidência (ou não) é precisamente a expressão usada para descrever um dos projetos de restauração de Ubud, uma cidade nos planaltos de Bali.

O Mozaic Restaurant Gastronomique, em Bali, é único — e verdadeiramente bonito. Provavelmente, até já deve ter ouvido falar nele. Afinal, qualquer lista das melhores casas de comida da ilha inclui este nome. É por isso, acreditamos, que tantos ficaram surpreendidos pelo encerramento do espaço.

Num comunicado divulgado a 31 de janeiro de 2022, o fundador-proprietário do Mozaic, Chris Salan, afirmou: “É com o coração pesado que anunciamos o encerramento dos serviços Mozaic Restaurant & Dine at Home. Após 21 anos de serviço, incluindo dois anos a lutar contra os efeitos da Covid-19 na economia, decidimos que é hora de fechar. Pedimos desculpas por qualquer inconveniente e agradecemos o seu apoio e compreensão.”

Após ano um fechado, o espaço reabriu oficialmente a 15 de dezembro de 2022 — e está melhor do que nunca. Sentados no meio de um jardim único, os hóspedes podem provar pratos requintados e vinhos premiados.

É verdade. O icónico projeto de fine dining foi ganhando prémios ao longo dos 20 anos de atividade — e tudo indica que não vai parar. Isto porque o chef da casa, Chris Salans, que é também o dono não para de inovar. “Não podia simplesmente reabrir o Mozaic. Não faria sentido. Tive que repensá-lo para durar mais vinte anos”, diz à NiT.

Ao nome Mozaic, Chris acrescentou um 2.0, numa clara referência à versão melhorada que agora apresenta. “Damos as boas-vindas à novidade. Há cerca de duas décadas que oferecemos os mais altos padrões de arte culinária e serviço. Isso está no nosso ADN, nunca vai mudar. No entanto, vimos no nosso encerramento temporário uma oportunidade única para transformar a nossa sala de jantar e oferecer uma nova experiência segundo os tempos modernos.”

Quem ali entra — vindo da Indonésia, Austrália, Sudeste Asiático, EUA, Reino Unido, Europa e Coreia do Sul Indonésia, Austrália, Sudeste Asiático, EUA, Reino Unido, Europa e Coreia do Sul vai encontrar uma selva extravagante e até, diríamos, fascinante.

O ar-condicionado contribui para manter a atmosfera fresca típica deste tipo de ambientes. Claro que só é mantida graças às paredes em vidro — mas é muito por este detalhe que se vai sentir ainda mais numa selva. Sim, porque ali não há divisões em tijolo ou cimento. Se não soubessem, os clientes diriam até que estavam num espaço ao ar livre.

As toalhas de mesa saíram, chegou a madeira “nua e crua”. Os verdes, claro, são os tons predominantes. “Queremos mantê-lo o mais autêntico possível para elogiar o retorno do chef Blake Thornley”, diz.

Sim, porque o Chris Salans fez uma parceria com o seu antigo protegido, o chef Blake Thornley, que ali trabalhou de 2010 a 2015. É 20 anos mais novo que o proprietário e trouxe novas técnicas e estilos. “Depois de cinco anos de sucesso em Xangai, está de regresso com uma visão renovada”, conta Chris à NiT.

“Pense nisso em termos de Kung-Fu, o aluno estudou com o mestre, saiu para o mundo, venceu todos os obstáculos com esses ensinamentos e agora voltou para completar a história”, explica. “Preparem-se para uma experiência verdadeiramente épica”, avisa logo a seguir.

Sob a tutela e a colaboração cuidadosa do chef Chris Slans, Blake criou um empolgante menu de degustação. “Com uma forte preocupação em não desperdiçar nenhuma parte dos alimentos que consumimos, foi pensado para surpreender.”

Ali, nada é impossível quando se trata de criatividade. “Ainda temos muito para oferecer. Imaginámos um novo conceito dentro da nossa tradição de excelência. É disso que se trata o Mozaic 2.0.”, conclui.

Os dois chefs combinam os sabores e ingredientes sazonais de Bali com as técnicas da cozinha francesa moderna. “Temos um estilo de cozinha único de fusão franco-indonésio”, revela. O resultado? Dois menus de seis a oito pratos (um totalmente vegetariano) artisticamente apresentados. O foie gras grelhado com enguia fumada, maçã e erva-cidreira da ementa sazonal, e o carpaccio de tofu com especiarias e parmesão, do menu Botanical, são dos pratos que se destacam.

E, caso ainda precise de ser convencido, saiba que o Mozaic é o único restaurante da Indonésia que é membro do Les Grandes Tables du Monde, uma associação composta inteiramente por restaurantes com duas e três estrelas Michelin.

Para ter esta experiência única, deve fazer reserva, já que os lugares são limitados. Pode fazê-la online através do site do Mozaic. Os preços dos menus começam nos 55€.

Como lá chegar

Para visitar o Mozaic terá de voar até ao aeroporto de Ngurah Rai (DPS). Se partir de Lisboa encontra bilhetes de ida e volta a partir de 1095€. Depois de aterrar, a melhor opção será alugar um carro. Até chegar a Jl. Raya Sanggingan, em Kedewatan, terá de conduzir cerca de 40 quilómetros. O espaço está aberto todos os dias das 17h30 às 00h30.

Carregue na galeria para ficar a conhecer melhor o Mozaic, “um oásis tropical com comida”.

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