Onde há muito movimento, há certamente motivo. No Cacém, por exemplo, parte do burburinho na Rua da Boavista está relacionado com um restaurante, instalado num mega armazém, onde se ouvem as palavras que todos gostam de ouvir: all you can eat. O conceito do Wok City, bem conhecido dos portugueses, passa por comer a quantidade que quiser (ou conseguir) sem olhar à carteira.
As opções são variadas, entre sushi, massas e pratos chineses De segunda a quinta-feira, os preços dos almoços estão fixos nos 10,95€. Ao jantar sobem para 13,95€ e, aos fins de semana, em qualquer altura do dia, são de 14,95€. As bebidas não estão incluídas nestes valores — são pagas à parte. Para grupos, há um menu específico que custa 19,95€ e inclui todo o tipo de pratos, à discrição e bebidas.
O espaço surgiu em 2019, pelas mãos de um casal chinês que já vivia em Portugal há mais de 20 anos e procurava trazer um espaço diferente ao sítio que os acolheu. “Os meus pais sempre trabalharam na restauração e quando vieram para Portugal, na década de 1990, continuaram. Depois tiveram algumas lojas, até que perceberam que queriam dar um passo diferente, algo em grande”, conta José Zhuo, de 27 anos.
“Grande” é certamente o melhor adjetivo para descrever o espaço do Cacém — tem mais de 500 metros quadrados e consegue sentar cerca de 500 pessoas. Entre os tons pretos e vermelhos dos candeeiros chineses, que foram comprados na China e que contrastam com os mármores claros, entrar no Wok City é um choque de realidade. A ideia dos proprietários era “montar um espaço diferente, moderno e inesperado”, que fugisse aos tradicionais restaurantes asiáticos. No entanto, o grande foco está nas propostas de cozinha nacional e oriental que ocupam as bancadas no centro do salão.
A mesa do sushi é uma das que tem maior rotatividade, já que estão sempre a chegar pratos com várias peças, algumas mais tradicionais, outras de fusão. Existem ainda outras especialidades de cozinha japonesa e chinesa, como os noodles e as massas, e até carnes argentinas.
Além dos pratos já preparados, existe uma área de grill onde os alimentos são cozinhados na hora. Basta colocar tudo o que quer num prato, entregar ao chef responsável pela chapa e esperar que fique pronto.
Para quem conseguir, no final, há espaço para as sobremesas. São também e modo buffet e existem várias opções. “Há bolos, gelados, fruta já fatiada e até uma estação de gomas para os mais gulosos. A nossa ideia é que não falte nada”, admite.
A única coisa que os proprietários pedem é que não haja desperdício. “Os clientes podem comer tudo o que quiserem e repetir vezes sem conta, mas pedimos que tenham cuidado para que não se deite comida fora. Somos contra isso”, refere.
Para acompanhar, com um valor pago à parte, os clientes podem escolher entre refrigerantes (2€), sangria branca e tinta (8€) e vinhos, escolhidos à carta, das várias regiões do País. Os pedidos das bebidas podem ser feitos aos funcionários, que se prontificam a fazer um serviço “rápido e organizado”, como manda a tradição chinesa.
Passados seis anos desde a abertura, José, que agora assume a função de gerente, garante que o serviço é cada vez melhor, devido à experiência. “Os últimos anos têm sido muito positivos. Fomos crescendo e aprendendo para não repetir alguns erros que se calhar cometemos quando abrimos”, admite. A verdade é que a casa está sempre composta (mesmo sendo um espaço tão amplo).
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