Camarão, sapateiras, peças de sushi e sashimi e gomas — tudo para comer até não aguentar mais. Este é o motivo pelo qual se formam enormes filas à estrada nacional em Corroios. O Good Wok, um restaurante all you can eat, abriu em março de 2024 e tem sido um sucesso,
A moda dos armazéns gigantes, com uma decoração moderna e robôs como funcionários estão a tomar conta das zonas periféricas de Lisboa. Como acontece noutros espaços do género, os sócios são chineses e trouxeram a ideia das cidades natais, onde existem buffets espalhados por todo o lado.
Erjun He chegou a Portugal em 2013, com apenas 16 anos. A família queria mudar de vida, investir e encontrar estabilidade. Ao fim de uma década decidiram fechar todos os outros restaurantes que tinham aberto até então para fazerem algo “em grande escala”. Atualmente com 28 anos, He tornou-se num dos sócios do projeto.
“Grande” é certamente o melhor adjetivo para descrever o espaço em Corroios — tem mais de 500 metros quadrados e consegue sentar cerca de 400 pessoas. Entre os tons pretos do mármore, que contrastam com os cadeirões em laranja e as cúpulas douradas para criar espaços mais reservados, entrar no Good Wok é um choque de realidade. A ideia dos proprietários era “montar um espaço diferente, moderno e inesperado” na Margem Sul. No entanto, o grande foco está nas propostas de cozinha nacional e oriental que ocupam as bancadas no centro do salão.
De segunda a sexta-feira, os preços dos almoços começam nos 6,99€ para miúdos e nos 13,50€ para adultos. Ao jantar, entre segunda e quinta, os preços sobem para 8,99€ e 16,99€, respetivamente. Aos fins de semana os mais velhos pagam 17,50€ e os mais novos 9,99€. As bebidas não estão incluídas nestes valores — são pagas à parte.
@good.wok4
Ali há dezenas de estações com propostas diferentes, das carnes grelhadas ao sushi, passando pelo marisco ou várias formas de confecionar ovos. Além dos pratos já preparados, existe uma área de grill onde os alimentos são cozinhados na hora. Basta colocar tudo o que quer num prato, entregar na entrada da cozinha e depois um robô faz a entrega na mesa. “Gostamos de ter apontamentos inovadores e fazer surpresas aos clientes, por isso decidimos trazer estes novos robôs para ajudar”, diz He.
Por mais que as tecnologias sejam apreciadas (e há mesmo que não resista a tirar uma fotografia com os robôs), há quem lá vá de propósito apenas para comer sapateira, percebes, ostras, santolas ou camarões. Outros preferem manter-se no lado oriental e ingerir a maior quantidade de sushi possível.
A única coisa que os proprietários pedem é que não haja desperdício. “Os clientes podem comer tudo o que quiserem e repetir vezes sem conta, mas pedimos que tenham cuidado para que não se deite comida fora. Somos contra isso”, refere.
Para finalizar a refeição, no que toca a sobremesas, sistema é o mesmo: muita oferta, sem limites. “Há bolos, gelados, fruta já fatiada e até uma estação de gomas para os mais gulosos. A nossa ideia é que não falte nada”, admite.
Para acompanhar, com um valor pago à parte, os clientes podem escolher entre refrigerantes (2,20€), sangria branca e tinta (9,90€) e vinhos, escolhidos à carta, das várias regiões do País. Os pedidos das bebidas podem ser feitos aos funcionários, mas muitas vezes são entregues também pelos pequenos robôs brancos, que deslizam pela sala com mais de 500 metros quadrados sem problema.
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