Restaurantes

No Iberos não há maus ventos. Só bons casamentos de petiscos nacionais e espanhóis

Na cozinha não há guerras nem rivalidades. Ali, serve-se "o melhor da gastronomia ibérica", das tapas às bifanas.
Já está aberto.

Ninguém sabe de onde chegaram, mas é certo que ocuparam a Península Ibérica durante um longo período. Os termos iberos (ou ibéricos) tanto são utilizados para designar um povo em específico, como para descrever realidades, hábitos ou factos relacionadas com a Península Ibérica. E é exatamente isso que acontece no novo restaurante da capital.

Portugal e Espanha nem sempre tiveram uma boa relação de vizinhança. As guerras entre ambos são lendárias, mas, provavelmente, “aquilo que nos une, é mais do que aquilo que nos separa”. E o Iberos chegou, precisamente, para provar que as gastronomias ibéricas combinam na perfeição. Se ainda não percebeu do que se trata — o que será difícil — nós revelamos. De forma simplificada, é uma tasca moderna e quem ali entra vai encontrar, claro, “a combinação do melhor que a gastronomia ibérica tem para oferecer”. Que o digam os três sócios responsáveis pelo projeto.

“Sentimos que não havia nada do género na cidade. Claro que existem muitos restaurantes de comida portuguesa e também já há uns quantos de tapas. Mas não é comum encontrar um onde os dois conceitos sejam servidos em conjunto. E, afinal, são tão fáceis de combinar.”, dizem.

Samuel Castro tem 28 anos, mas não é um novato no mundo da restauração. Tem restaurantes na zona de Oeiras e também poderá encontrá-lo diariamente no Iberos. Já Carlos Almeida, de 53 anos, e Miguel Ferreira, de 55, os outros dois sócios, será mais raro vê-los por lá. “É ele [o Samuel] o responsável por pensar na carta juntamente com o chef”, acrescentam. E, apesar de só estar aberto desde 28 de março, a aposta não podia ter sido mais certeira.

“Temos já alguns bestsellers. Não temos um em específico. As pessoas gostam muito da farinheira à Brás (9,50€), das croquetas de presunto (3,90€) e dos crocantes de brie (8,90€).” Tudo aponta para o sucesso. Quem diria que, afinal, portugueses e espanhóis ficariam tão bem juntos?

E para juntar diversidade à equação, ali não vai encontrar apenas clientes ibéricos. À mesa sentam-se ingleses, americanos, polacos, italianos. A casa é de todos — e o espaço dá bem para quem quiser lá entrar.

No piso térreo, entre mesas de madeira, cadeiras de veludo e sofás vermelhos, sentam-se cerca de 70 pessoas. Já na parte cima, divida em salas privadas e mais exclusivo, cabem entre 50 e 60. “Queremos ser inovadores e, por isso, apresentamos um modelo que ainda não existe em Portugal. Falamos de um restaurante com três salas de diferentes tamanhos, que podem ser reservadas pelos clientes para várias ocasiões.

Na primeira, mais pequena, recebem-se quatro a cinco pessoas, “para reuniões ou refeições mais privadas”, e na segunda, esse número sobe para as 12. Quanto à maior, essa, tem capacidade para 30. Seja em que espaço for, verão ou inverno, o que os portugueses gostam mesmo é de estar sentados com amigos ou familiares à volta de uma mesa cheia de petiscos. Perto do rio, numa zona de passagem de todo o tipo de público, o cenário não poderia ser melhor.

E, como não podia deixar de ser, às tapas — como a tostada de tomate fresco e anchovas (5€) ou a tostada de cogumelos e chouriço (4,50€) —, juntam-se alguns petiscos tipicamente portugueses. Entre eles, a bifana de secretos de porco (6,20€), o prego à portuguesa (5,90€) e o choco frito (13€).

Ao almoço, pode ainda optar por um dos três combinados disponíveis: o menu sandes — inclui uma entrada, bifana ou prego, batatas fritas com maionese, bebida e café ou sobremesa (9,50€), o menu prato do dia — inclui entrada, uma sugestão de carne ou peixe, bebida, café ou sobremesa (10,90€), ou o menu executivo, que acrescenta a opção de secretos de porco preto ou choco frito (13,50€).

Para abrir o apetite, há ainda a possibilidade de fazer um passeio de barco antes do almoço com o Sardinha no Tejo, uma empresa de eventos náuticos. “Também queremos fazer noites temáticas, mas ainda não avançámos com a ideia. Ainda nos estamos a ambientar. Tudo chegará a seu tempo”, garantem os responsáveis.

A seguir, carregue na galeria para conhecer o novo Iberos, na Avenida 24 de Julho, que junta o melhor das cozinhas de Portugal e Espanha.

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FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Av. 24 de Julho 84 BC
    1200-211 Lisboa
  • HORÁRIO
  • Segunda a quinta das 12 às 23 horas
  • Sexta a sábado das 12 às 24h
  • Domingo das 12h às 15h30
PREÇO MÉDIO
Entre 20€ e 30€
TIPO DE COMIDA
Ibérica

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