Restaurantes

No novo Kyōdai, as travessas de sushi são preparadas por toda a família

Os Borges deixaram para trás o Brasil e a advocacia para se dedicarem à cozinha japonesa no novo spot de Alcântara, em Lisboa.
Há várias opções.

A “insegurança e a violência” do Brasil foram alguns dos motivos apontados por Valter Borges para tomar finalmente a decisão de sair do país com a família. O destino? Portugal, mais concretamente Lisboa.

O advogado de 48 anos deixou o trabalho que tinha no Rio de Janeiro para “colocar a mulher e os três filhos em segurança”. Entretanto, sentiu que estava na altura de mudar. A restauração, que sempre adorou, era o passo mais lógico. Passados três anos, juntou-se com o irmão Elton Borges e abriu o Kyōdai Sushi Bar.

O novo espaço de cozinha oriental da cidade abriu em agosto e tem capacidade para 60 pessoas. Assim que se atravessa a porta, ouve-se a banda sonora que aposta no jazz como música de fundo, numa tentativa de criar um cenário muito distante dos típicos restaurantes japoneses. A juntar a esta imagem surge um ambiente onde reinam as madeiras e materiais naturais que forram as paredes do espaço de Alcântara.

Esta não é, contudo, a primeira incursão dos dois irmãos na restauração. Cinturões negros de jiu jitsu, chegaram a abrir uma academia, no Rio de Janeiro, que tinha também um restaurante de comida saudável. Um projeto que mantiveram enquanto prosseguiam as carreiras como advogados.

Chegados a Portugal, perceberam que não valia a pena continuarem a exercer. Valter contou então com a ajuda de um amigo brasileiro, dono dos espaços Honorato. “Fizemos um curso intensivo durante dois meses antes de abrir o Kyōdai Sushi Bar porque eu sabia o que queria, sabia o sabor suposto que as peças deviam ter porque sou um fã assumido de sushi, mas tinha de saber chegar lá, aprimorar as técnicas”, explica. Após terminar a formação, que também foi feita pela filha Vitória e pela mulher Karla Borges, que tomaram conta da cozinha, lançaram-se na elaboração da carta.

Além das entradas com preços que variam entre os 2,80€ e os 7,50€, não podia faltar o ceviche, “um dos pratos mais pedidos”. O de peixe-branco (13€) é marinado com leche de tigre e finalizado com batata-doce crocante. “Os nigiris são sempre uma boa escolha (dos 7€ aos 20€), assim como, os típicos uramakis (entre os 7€ e os 16€)”. Mas a lista continua com sashimis de atum (18€), salmão (15€) e tataki (18€), feito com atum selado com sementes de sésamo com molho cítrico, ou carpaccios. Um dos mais pedidos é o de sake fusion (16€) feito com lâminas de salmão braseado, com molho de sweet chilli.

Quem não quiser embarcar nesta aventura de sabores, pode pedir alguns dos menus clássicos que variam entre 23 peças por 25€ e 80 peças por 95€. Cada menu inclui sashimi, gunkan, uramakis e hot rolls, dependendo do pedido.

Ao contrário dos pratos escolhidos e confecionados em frente dos clientes, na lista dos vinhos e das bebidas não entram referências japonesas. Valter e Elton optaram pelas propostas de vinhos nacionais e conhecidos. No entanto, é a sangria de frutos vermelhos (25€) que ultrapassa qualquer outra bebida no número de pedidos.

O projeto foi pensado pelos irmãos Elton e Valter e o nome representa a viagem que os dois têm feito pelo mundo do empreendedorismo. Como o advogado contou à NiT, Kyōdai significa irmãos em japonês e dada a jornada que já começaram juntos, no Brasil, foi o que lhes fez mais sentido para o novo restaurante.

Carregue na galeria para descobrir o novo espaço de sushi na cidade.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    R. Luís de Camões 86
    1300-360  Lisboa
  • HORÁRIO
  • Segunda a sábado das 12h às 15h30 e das 15h às 19h
PREÇO MÉDIO
Entre 20€ e 30€
TIPO DE COMIDA
Sushi

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