Marcos Rodrigues, natural do Paraná, um estado no sul do Brasil, começou a trabalhar em pastelaria quando tinha apenas 14 anos. A passagem dos doces para a picanha foi longa — e não referimos apenas à distância. Aos 17, abriu o seu primeiro negócio na área, que liderou até aos 19, quando decidiu mudar de vida e trocar o país de origem por Portugal.
“Vim para Lisboa à procura de novas experiências. Já tinha um projeto lá no Brasil, mas era bastante difícil de gerir, até porque havia muitos assaltos. Acabei por me cansar e decidir tentar a minha sorte noutro lugar. O plano era ficar cá pouco tempo, mas a verdade é que já se passaram quase duas décadas”, conta, à NiT, o paranaense.
Ao longos dos anos, criou vários negócios. “Tive por exemplo, uma empresa de trabalhos em altura, isto é, com corda, rapel. Da montagem à limpeza de vidros e obras, fazíamos um pouco de tudo. Ao fim de 14 anos, contudo, dei por mim saturado por tudo o que aquele negócio envolvia. Cheguei a ter 40 funcionários”, acrescenta.
Depois de uma aventura na Uber — chegou a comandar uma frota de 20 carros — decidiu voltar à restauração, “Tenho um grande amigo que trabalha na área e sempre me dizia que devia investir. Resolvi avançar. Comecei com o Nozomi Sushi Bar, em Alcântara, mas ao fim de ano e meio vendi a minha parte. Em março de 2022, abri o The Bull Steak no Parque das Nações, que tem a carne maturada em destaque.”
Esta última aposta acabou por ser uma escolha natural, já que é um grande apreciador da proteína em causa. “Sempre gostei muito de carne. Gosto de experimentar diferentes variedades e de conhecer novos restaurantes. Mesmo quando viajo, procuro sempre descobrir outras possibilidades. Quis então investir em algo com carnes de alta qualidade, maturadas ou não“, revela.
O sucesso da primeira casa levou à abertura, em janeiro deste ano, de uma segunda, em Carcavelos. “Um amigo tinha uma hamburgueria, a The Boss, no sítio em que estou agora, mas também já estava muito cansado, pelo que me perguntou se não queria trazer o conceito de Lisboa, onde tinha uma boa aceitação, para cá. Vim e tem estado a correr muito bem”, garante.
No espaço recém-inaugurado, com cerca de 370 metros e que, quando abrir a sala que falta, vai ter capacidade para 160 pessoas, há as propostas típicas deste género de casas. O tomahawk maturado (69,9€/1,1quilos), que serve duas pessoas, o T-bone (26,9€/450g), o entrecôte maturado (24,9€/250g), a picanha Black Angus (18,9€/300g) e o carré de borrego de corte francês (29,9€/300g) são apenas exemplos.
“Depois há opções que não estão na carta que vão variando de acordo com os produtos que os fornecedores têm. O mesmo acontece com os vinhos. Na garrafeira, há cerca de 40 referências de todo o País. Outras alternativas dependem do que vou descobrindo e comprando a pequenos produtores”, explica.
O menu de picanha à discrição é outro dos atrativos do restaurante. Por 13,9€, ao almoço, e 17,9€ ao jantar e fim de semana, pode comer toda a carne que quiser (ou conseguir). Para acompanhar, há batata frita, ovo estrelado, arroz branco, feijão preto e salada da casa.
Tudo isto num “ambiente descontraído, intimista e aconchegante, com muita madeira e ar rústico”, descreve Marcos. Carregue na galeria para espreitar o novo The Bull Steak.
