Quando tinha 15 anos, Marco Sousa não sonhava em ser jogador de futebol profissional, uma estrela de cinema ou um cantor de rock. Ambicionava, sim, abrir o seu próprio restaurante. “Esta ideia veio-me do nada quando fui passear a Bragança há uns anos com a minha prima, mas ela já não se lembra desta conversa”, conta à NiT.
Não sabe o que despoletou em si este desejo, mas finalmente realizou-o a 13 de julho. Agora com 30 anos, o empreendedor finalmente conseguiu abrir o seu próprio negócio — e fê-lo com a ajuda do pai e da prima. O Almude, assim se chama, fica na Malveira, de onde são naturais.
Já dedicou metade da vida ao ramo da restauração. Aos 16 anos, Marco começou a trabalhar como empregado de balcão no Trimar, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Em 2011, o espaço acabou por fechar. “Naquela altura o País estava em crise, então decidi emigrar para o Reino Unido, e queria experimentar novas realidades”, recorda. Quando lá chegou, trabalhou durante dois meses num restaurante. Depois, passou por várias fábricas, onde a sua principal função era manusear as máquinas.
Acabou por regressar a Portugal no início de 2012. Quando voltou, começou a trabalhar em diferentes estabelecimentos lisboetas. No entanto, o empreendedorismo corre-lhe nas veias, e não queria estar dependente de outros. No passado, o pai de Marco também tinha tido alguns negócios na Baixa de Lisboa, então fazia sentido que ambos se juntassem para o criar Almude. A prima, claro, também é uma grande ajuda. “Sempre quisemos ter um projeto juntos”, revela.
O Almude fica na Rua 25 de Abril, escolhida por ser “muito central”. Já o nome é uma referência ao passado agrícola nacional: refere-se a uma medida que antes era utilizada para os azeites e vinhos. Um almude era o equivalente a 15 ou 25 litros destes produtos (o valor muda consoante a região de Portugal).
Ali há propostas para todos os gostos, mas o conceito foca-se “acima de tudo nas carnes maturadas”, como o lombo (18€), entrecôte (18€), costeleta (24€) e o T-bone (29,50€) “que tem tido muito sucesso”. Afinal, “as pessoas da zona Oeste gostam muito de carnes, a verdade é essa”.
“Também temos alguma variedade de peixes”, aponta. Arroz de tamboril (13,50€), filetes de robalo com risotto de tomate (13,50€) e lombo de atum com sementes de sésamo (13,50€) são apenas algumas das opções. Os vegetarianos também têm algumas propostas, como as espetadas de legumes (11,50€), risotto de cogumelos (12€) e peixinhos-da-horta com risotto de tomate (12€).
Não é nenhum destes pratos que está a deixar os clientes completamente rendidos. Até agora, o polvo à lagareiro (16€) e o torricado de bacalhau (16€) têm sido os pratos mais apreciados (e elogiados) na casa que está em número dois nos melhores restaurantes da Malveira no TripAdvisor.
A decoração do Almude é inovadora e eficaz. Marco utiliza estes adjetivos para descrever o “teto insonorizado que combate os barulhos típicos de quando o espaço está cheio”. No interior conta com 46 lugares. Na esplanada, tem outros 20. Caso passe por lá com animais de estimação, terá de optar por uma mesa no exterior.
A seguir, carregue na galeria e fique a conhecer melhor o novo restaurante na Malveira e os pratos que poderá provar por lá.