Catarina Soares homenageia a família em todos os projetos que cria. É, atualmente, empresária no ramo da restauração. Tudo começou de forma bastante modesta em 2016, quando abriu o café Cantinho do MiniMeu, em Arcos de Valdevez. “A ideia inicial era ter algo mais pequeno só para mim e outro funcionário. Depois, fomos crescendo”, conta à NiT.
Atualmente, já conta com seis negócios e todos têm “um pedaço” de um elemento do clã. Em 2019, por exemplo, abriu a mercearia Pureza, o nome da avó, que teve uma loja a granel na aldeia onde vivia.
“Um mês antes de estourar a pandemia”, em 2020, abriu o café Maria Rosa. Em novembro do ano passado inaugurou o Maria Luísa e, em julho, o Maria Miguel. Os “apelidos” dos espaços Maria são, na verdade, nomes próprios de membros da sua família, de sobrinhos a irmãos.
A mais recente novidade do grupo MiniMeu abriu em Braga — e Catarina não podia estar mais feliz. “É um sítio que está sempre no meu coração. Quando éramos miúdos íamos para lá. Era a cidade grande. Estar no centro histórico sempre foi um dos meus objetivos”, explica.
A oportunidade, contudo, surgiu por mero acaso. Andava à procura de uma loja na para abrir outra mercearia. No entanto, ficou apaixonada pela localização — e sabia que seria perfeito para receber, sim, um restaurante. Este não é o primeiro conceito que abre na cidade minhota. Ali já tem o Maria Luísa, mas numa zona menos movimentada.
O gosto pela cozinha está presente na vida de Catarina desde que era pequena. Embora se tenha formado em biotecnologia alimentar, decidiu dedicar-se à restauração. Afinal, quando era adolescente passava as férias a trabalhar em cafés — algo que, para ela, não era um desagrado (muito pelo contrário).
O brunch característico dos seus espaços volta a marcar presença em Braga. A french toast com creme de limão e noz caramelizada (7€) é uma das propostas mais pedidas da casa. A par desta encontra papas frias com frutos vermelhos e crumble de avelã (5€), granola com iogurte, fruta e xarope de camomila (7€), ovos Benedict (8,50€), mexidos (7,50€) ou huevos rancheros (7,50€) e sandes (8€).
O grande foco, porém, são as tapas. Desde julho, há um prato que tem saído bastante: a lasanha de bacalhau (11€). “Este peixe faz parte da nossa cultura, e queria apresentar pratos tradicionais, mas com um twist”, explica. Outros snacks que têm sido um sucesso são os croquetes de vitela (6€) e as bolinhas de batata com chouriço (5€). Todas as propostas são 100 por cento feitas no próprio restaurante.
Para a atmosfera do Maria Miguel seguiu uma linha mais “confortável, agradável e com muitas plantas”. “Mistura o industrial com os detalhes típicos do Norte”, descreve. O espaço acolhe 40 clientes no interior e, “no jardim secreto” — assim o descreve Catarina, há espaço para mais 15.
A seguir, carregue na galeria e fique a conhecer melhor o novo restaurante de tapas em Braga.