O sucesso parece acompanhar Elliot Jones para todo o lado. Ao chegar a Lisboa em 2019, lançou-se como chef privado e, pouco depois, fundou o Boca, o seu primeiro bar localizado em Alfama. Em seguida, abriu um pequeno restaurante no Bairro Alto, o Rosetta. Em junho, decidiu expandir o conceito e inaugurou o Bar Rosette a dois passos.
Entretanto, decidiu voltar a apostar em Alfama, onde abriu o Sala Rosa, a 6 de setembro. Este novo restaurante trouxe um conceito diferente no portefólio do chef canadiano de 37 anos.
Elliot chegou a Lisboa há cinco anos, inicialmente para umas férias, mas acabou rendido aos encantos da capital. O chef canadiano, de 34 anos, que já tinha vivido “um pouco por todo o mundo” percebeu logo que tinha encontrado um novo lar e decidiu estabelecer-se por cá, para partilhar o seu talento com os portugueses.
Com tantos projetos para gerir, no Sala Rosa, Elliot conta com a colaboração do chef Christian Daura Lobato. A paixão do brasileiro por Lisboa surgiu de forma semelhante à do canadiano. “Vim para Portugal há seis anos, com a ideia de conhecer as minhas raízes, porque a minha avó é portuguesa. Queria muito conhecer a cozinha portuguesa e de outros países da Europa”, conta o cozinheiro de 28 anos à NiT.
Assim que chegou a Lisboa foi trabalhar com Lucas Azevedo e Vítor Adão e ficou fascinado. “A valorização do produto, os ingredientes frescos que os portugueses usam acabou por servir de base para o novo projeto com o Elliot Jones, que é mais ligado à cozinha italiana, com pastas frescas”, explica.
Para desenvolver o Sala Rosa, a equipa fez uma viagem a Itália para descobrir os segredos da “boa massa”. Durante esta experiência, aprenderam que “menos é mais” e que “quanto mais simples, melhor”.
“A ideia é ter uma cozinha baseada no produto. Estamos numa era em que é precisar olhar para os ingredientes e depois fazer então a parte criativa”, enfatiza Christian. Assim, decidiram que todos os ingredientes utilizados nas massas frescas seriam de origem portuguesa e provenientes de produtores locais.
O Sala Rosa tem 18 lugares e, sem surpresa, a decoração é dominada pelo tom que dá nome ao restaurante. O ambiente tranquilo é complementado por música suave. “Torna tudo mais acolhedor. Ao contrário do Rosetta, por exemplo, este espaço foi pensado para parecer uma casa italiana, colorida e vibrante.”
A lista de entradas inclui opções como focaccia com tomate e anchovas (7€), stracciatella com chilli oil (6€) e tártaro de bife com polenta frita (14€). Em seguida, como manda a tradição italiana, são servidos os “primeiros pratos”, neste caso, pastas frescas.
Além dos clássicos, como a carbonara (15€), a cacio e pepe (14€) ou a amatriciana (14€), com molho de tomate caseiro, existem outras propostas. As receitas pensadas por Christian incluem um tortellini de borrego “da herdade do Luís” (16€), uma pappardelle com beurre blanc e bottarga (18€).
“Com os peixes portugueses que nos chegam de um peixeiro local fiz um pappardelle com peixe cru e botaga, que servimos como segundo prato. Os nossos menus mudam consoante o que recebemos dos produtores. Estamos condicionados ao que nos chega da terra e do mar”, sublinha o chef brasileiro.
Para finalizar, Christian criou uma sobremesa com creme inglês e erva príncipe (6€), um género de “butter cake” feito com bolo de coco e ricotta. E, para acompanhar os pratos, o sommelier Leo criou listas rotativas de vinhos.
“Incluimos um Arinto e um Verdelho do Pico, nos Açores, do Lucas Amaral, que combinam com as massas. Além disso, decidimos apostar no espumante, embora seja uma aposta arrojada”, diz. Um copo pode variar entre os 4€ e os 8€. Já uma garrafa poderá custar entre os 25€ e os 60€.
O Sala Rosa abre de quarta a domingo, para “servir os colegas de restauração que também gostam de sair e comer bem”. Fica numa rua pouco movimentada que se adequa ao “ambiente boémio, calmo e pouco caótico” que carateriza o restaurante.
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