A cozinha do Cortesia é aberta. Assim que se entra no mais recente restaurante de Campo de Ourique, em Lisboa, é impossível não reparar no Josper, aquele que é conhecido como o Ferrari — o Rolls-Royce, ou outra marca de luxo que quiser —, dos fornos. Os melhores restaurantes de carnes têm-no sempre na cozinha e por isso estar aqui fazia todo o sentido, se bem que o objetivo é democratizar o tipo de cortes.
“Carne de qualidade, a um preço justo num ambiente cool”, é assim que Anna Arany resume o Cortesia. É uma das três sócias do projeto, juntamente com os irmãos Inês e Manuel Cabral, que iniciaram a marca em 2014, na altura no interior do mercado de Campo de Ourique.
Anna só se juntou ao Cortesia aquando da abertura num outro food court, no Saldanha Residence, em 2018, isto já depois de ter aberto outros negócios com Inês Cabral, um deles neste mesmo espaço do Saldanha, o Oba.
“Um dia estávamos aqui sentadas e fizemos uma espécie de estudo de mercado. Vimos que havia muitos mais homens do que mulheres e pensámos que um conceito de carne faria ali todo o sentido.”
O Cortesia ganhava no Saldanha mais um espaço, mas o conceito de rua chegaria dois anos depois, com muitas novas opções. O projeto do mercado de Campo de Ourique encerra, mas é no mesmo bairro que procuram um espaço para pôr o restaurante a funcionar com todas as novas ideias.
A pandemia atrasou a abertura, mas não a vontade de receber clientes que começaram a chegar a 8 de setembro. A grande diferença para o Saldanha são o tipo de cortes, mais nobres, e o Josper, que as cozinha na perfeição. Chega mesmo aos 350ºC. De resto a marca manteve a linha gráfica, muito clean em tons de azul.
Além do Josper, outro dos elementos em destaque assim no Cortesia é a vitrine de carnes. As peças são cortadas na hora sempre que os os pedidos chegam. Pode escolher entre o entrecôte com 50 dias de maturação (20€), o chuletón com 30 dias que serve bem duas pessoas (59€), ou o T-bone com 800 gramas (56€).
No Josper são também preparados o lombo de novilho (17€), a vazia do Uruguai (15€) e a picanha (15€). Fora do forno, há prego do lombo (10€), magret de pato (16€) ou bifinhos provence (13€). O atum, mas um belo atum, é a única sugestão de peixe do menu (15€). É servido com uma costa de sésamo e batatas fritas (15€).
As entradas também merecem ser pedidas. Por isso, o melhor é ir com fome. A cremosa burata com pesto e tomate cherry (14€) é imperdível, assim como os tacos de tártaro de novilho com alcaparras, lima e cebola roxa (8€).
Para acompanhar há vinhos e cervejas e alguns cokctails. Tem o Corte, o da casa, com gin, sumo de lima e majericão (8€), ou o moscow mule (8€). A tarte de brigadeiro e a de caramelo salgado com chocolate são algumas das propostas para a sobremesa.
O Cortesia tem capacidade para 24 pessoas no interior. Já na esplanada, que em breve será preparada para os dias mais frios, é possível sentar mais 20.
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