Podiam ser umas calças e um casaco de fato de treino, mas a peça de roupa que o chef Nuno Bergonse mais tem usado neste confinamento é mesmo o avental de cozinha. As ementas que prepara para a família nem sempre geram consenso. As filhas adoram bifes de frango com cogumelos, mas o chef admite que já começa a enjoar.
Fora da cozinha de casa, tem aproveitado para fazer uns passeios de bicicleta. Já tem saudades de “uma boa festa, cheia de pessoas, com boa comida, bebida e boa energia”. E é em frente à televisão que aproveita para pôr séries e filmes em dia.
“Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick, foi o clássico que viu nestas últimas semanas. Também está quase a acabar “Peaky Blinders” e ainda vai a meio de “The Mind of a Chef“. Leia o questionário da NiT sobre o confinamento com o chef Nuno Bergonse.
Com quem é que está a passar o confinamento?
Estou a passar com a minha família desde o início.
Qual é a série de televisão que está a ver neste momento?
Falta-me ver o último episódio de “Peaky Blinders” e estou a meio da “The Mind of a Chef” do David Chang.
Recomende-nos um livro que nunca devemos ler durante a pandemia.
Sou adepto da nutrição cultural e por esse motivo acho que os livros são sempre bons.
Aproveitou este período para ver algum filme clássico?
Consegui ver alguns filmes clássicos, que até tinha vergonha de nunca ter visto. O último exemplo foi o “A Orange Clockwork” [“Laranja Mecânica”].
Qual é a peça de roupa que mais repetiu durante este dias?
Sem qualquer sombra de dúvidas que foi o avental de cozinha.
Conte-nos o motivo da sua maior discussão familiar nesta fase.
A escolha das ementas. Somos quatro em casa e agradar a todos não é tarefa fácil!
Depois deste confinamento, qual é a comida que nunca mais vai querer ver à frente?
As minhas filhas adoram bifes de frango com molho de natas e confesso que já começo a enjoar.
Tem feito algum tipo de exercício físico?
Tenho andado de bicicleta e pouco mais.
Qual é o local da cidade de que tem mais saudades?
Mais do que um local, tenho saudades de uma boa festa, cheia de pessoas, com boa comida, bebida e boa energia.
Conte-nos aquele momento em que o tédio o levou a fazer o impensável.
O tédio nunca me dominou e por isso consegui sempre canalizá-lo para tarefas que me dão prazer e que quase sempre terminam na cozinha.