Sabores de conforto, técnicas ousadas e combinações improváveis. As características que tornaram o LSD num dos restaurantes mais conhecidos do Porto estão volta, como a reabertura do espaço a 17 de maio. Após estar encerrado durante cerca de um mês e meio, o conceito apresenta agora uma novidade.
O projeto foi inaugurado originalmente há cerca de nove anos. “Já tinha estabelecimentos antes e procurava coisas novas. Naquela altura, a baixa portuense começava a explodir”, conta José Ribeiro, um dos sócios-fundadores, à NiT. “Quando chegámos ao Largo de São Domingos, aquilo parecia a Faixa de Gaza devido às obras”, brinca.
“O LSD sempre trouxe alguma inovação e tentativa de melhorar a nossa culinária com uma pintura mais moderna”, reforça o empreendedor de 60 anos. Com alguns altos e baixos, tentam ter uma cozinha mais “evoluída, sem ter pratos pequeninos” e com quantidades “mais simpáticas.”
Como o verão está cada vez mais perto — e como adoram reinventar-se — os sócios decidiram abrir um lounge bar. O espaço surgiu também para dar resposta a um problema que antes tinham frequentemente: os clientes tinham de ficar em pé enquanto esperavam por mesa. “Já tínhamos perdido muitas pessoas porque também queriam beber alguma coisa e nós não tínhamos nada para servir.”
As obras que deveriam ter demorado 15 dias acabam por se prolongar por um mês e uma semana. Isto porque houve uma grande dificuldade em encontrar as matérias-primas necessárias. A paciência, porém, foi recompensada. “O restaurante está completamente diferente. Mudámos as cores e tornámos o espaço mais aberto”, descreve.
A zona de bar tem cerca de 50 metros quadrados e fica mesmo na entrada do LSD, onde antes existia uma sala de refeições. As mesas são baixas e a música é alta, “porque no exterior há sempre pessoas a tocar.” Ali conseguem sentar 30 clientes que esperam serem chamados para a refeição ou que simplesmente estão a descontrair com os amigos. “É uma atmosfera muito relaxada. As pessoas estão à vontade e não temos grandes regras”, aponta.
A carta de cocktails inclui propostas como caipirinha ou mojito, porém, o grande destaque (pelo menos para José) é o Long Island Ice Tea. “Mistura as cinco bebidas alcoólicas principais de um bar: vodka, tequila, rum branco, gin e triple sec.” Também há sangrias e vinhos a copo. Os preços variam entre os 8 e 10€.
Os novos pratos seguem a filosofia que já se tornou na imagem de marca de spot portuense. A sopa fria de tomate com crocante de sardinha na brasa (12€) é perfeita para partilhar, assim como o parfait de foie gras com porto branco (14€) e os bimis grelhados com farinheira crocante (11€), servidos com molho de gema, colorau fumado e pickles à portuguesa.
A carta também inclui duas novas saladas sazonais. A mais elogiada está a ser a de salmão fumado a quente (13€), acompanhada por um coração de alface, espinafre, ovo, amêndoa e molho de nata fresca. “O salmão curado é fumado à frente dos clientes numa campânula”, diz o fundador. Outra opção mais leve é a de pato marinado (12€) com tomates cereja, beterraba, endro, rábano picante e ervas.
Caso queira um prato mais composto, pode sempre optar pelo peito de frango do campo servido com molho cremoso de limão, alface tostada, arroz de amêndoa e arandos. Na secção de peixe há o bife de atum mal passado com ovo cozido (19€) que vem ainda com salada de feijão-branco, ervas, cebola roxa, tomate e puré de pimento.
No que diz respeito às sobremesas, experimentar o cheesecake de limão (7€), com lemon curd, pistácio e manjericão ou, caso queira algo mais guloso, os morangos e doce de ovos (7€) servido com gelado e um crocante de crumble de alfarroba.
Carregue na galeria e fique a conhecer melhor o renovado LSD.
