Famlijen. Na Noruega, significa família. Em Lisboa, é o nome de um novo restaurante onde todos são convidados a provar as especialidades do chef sueco Petter Nyström, apaixonado por Portugal e pelo peixe fresco. O espaço foi inaugurado a 14 de março.
Elisabeth Holst Nyström conheceu Peter na Noruega, enquanto trabalhavam no mesmo restaurante. Ela organizava a sala e atendia os clientes e ele brilhava na confeção dos pratos. Juntos há 15 anos, é fã dos tártaros do chef, mas garante que a inspiração de Lisboa o levou a alterar as receitas – e que as melhores versões moram agora no número 56 da Rua do Machadinho.
O casal mudou-se para Portugal em julho do ano passado, quando tudo parecia alinhar-se. “O Petter estava preparado para abrir o seu próprio espaço e Lisboa vivia uma cena de restauração cheia de potencial. Acabámos por nos decidir a mudar no ano passado. Vendemos a casa, empacotámos e viemos”, conta Elisabeth, de 39 anos.
Portugal não era uma total novidade. A norueguesa passava férias no Algarve quando era miúda e, mais tarde, estudou em Lisboa durante um ano. “A ideia era aprender a falar português fluentemente, mas essa parte não correu tão bem. Apaixonei-me por Lisboa e sabia que um dia ia voltar a viver cá. Quando me casei apresentei a cidade ao Petter e, como era de esperar, também adorou a vibe”, recorda.
À medida que os anos passaram, foram descobrindo uma Lisboa renovada. “A cidade modernizou-se, os conceitos de restauração tornaram-se ainda mais surpreendentes, mas o melhor é que as tradições não se perderam. Adorámos isso”, acrescenta. Quando surgiu a oportunidade de abrir um pequeno restaurante no Bairro Alto, com 25 lugares, souberam exatamente o que queriam: “É uma extensão da nossa casa”.
“O nome que escolhemos significa família e é uma homenagem à minha sogra, que morreu quando o Petter era muito jovem. Queríamos que este espaço pudesse ser um local de referência de boa comida, como a que temos em casa, e decorámos tudo para que sentissem que estavam na nossa sala”, explica.
Com o espaço montado, Petter dedicou-se ao que mais o entusiasma, a comida. Natural de uma das “capitais do peixe fresco”, trabalha com esta proteína com facilidade. No Famlijen, escolhe os peixes nos mercados da cidade e transforma-os em pratos como o lírio yellowtail (16€) com erva-limão e molho de pimenta caiena, ou o pregado (16€) com ervas frescas. Estes são dois dos seis pratos principais da carta, que vai variando consoante a estação. Uma das opções mais procuradas é o tártaro de carne (19€) com rábano.
Nas entradas, são os petiscos simples que conquistam. Elisabeth destaca as azeitonas grelhadas (4€), as ostras (3,50€) e as couves kale crocantes (6€). Para terminar, os clientes podem contar com um “final feliz” — que, neste caso, é um gelado de manteiga com ruibarbo.
A carta de vinhos segue uma linha natural e de baixa intervenção. Só servem garrafas, com preços entre os 30€ e os 90€.
Ali todos são bem-vindos, incluindo os animais de quatro patas.
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