Quem procura uma experiência gastronómica diferente, em que a partilha, a descontração e a liberdade de a viver como quiser estão garantidas, tem apenas o número 95 da rua da Misericórdia, em Lisboa, como destino possível. É lá, na Associação 25 De Abril, que encontra, desde 29 de julho, o novo projeto dos chefs Vítor Hugo (45 anos) e Theo Bruno (44). Falamos do Vinte&Cinco.
Apesar da recente inauguração, este é um restaurante que tem vindo a ser planeado há algum tempo — cerca de dois anos para sermos precisos. A oportunidade que faltava surgiu quando um sócio de Vítor se deparou com o charmoso espaço que agora serve de casa ao Vinte&Cinco. “Foi amor à primeira vista”, conta o empresário sobre o momento em que o conheceu. Em poucas semanas, implementaram as ideias que vinham a desenvolver. “Ainda falta um fornecedor e um ou outro empregado, mas as coisas têm corrido bem”, garante satisfeito.
Quando o cliente se depara com a carta, a proposta deste Vinte&Cinco fica clara. “Nem sequer dividimos as coisas entre entradas, pratos de carne e a seguir de peixe. Temos tudo junto. Isto porque não queremos ser aquele tipo de restaurante normal em que as pessoas se sentam, pedem a entrada, depois o prato principal”, quase como uma coreografia perfeitamente encenada.
“Pretendemos promover a partilha, o convívio. Que as pessoas venham, peçam dois ou três pratos para começar e, mais tarde, outros dois ou três, conforme lhes for apetecendo”, explica. De modo a atingir este objetivo, “até temos praticado preços abaixo da média para o que estamos a servir, não em termos de quantidade, mas do prato em si, para incentivar este espírito”.
Vítor diz que até já teve quem pedisse primeiro uma sobremesa e a “ideia é mesmo essa, não haver regras nem o conceito normal de restaurante. As pessoas sentam-se, comem o que lhes apetecer, no seu tempo e, se quiserem começar pelo que seria o fim, é-me igual”.
“Somos muito descontraídos e queríamos fazer um restaurante mais ao menos à nossa imagem, com pinta, certo, mas nada de presunção, aliás, nenhuma, de todo. Apenas comida boa e honesta a preços super acessíveis”, descreve.
Parte da experiência tem a ver com o elemento surpresa, que vai além da ordem em que os clientes decidem provar as propostas. “De vez em quando aparece no menu um outro prato que nem sabem bem o que vão a comer, até ficam com receio a pedir, mas depois quando chega à mesa, comem e ficam sempre maravilhados”, explica Vítor.
Da carta, sugere, por exemplo, lardo com gravad de gambinha do Algarve (12€); ceviche de garoupa, gengibre,
salada de funcho e maçã verde (12€); e bok shoy assada com ovo escalfado, espinafres, molho holandês,
miso vermelho e trigo sarraceno crocante (9€).
Para sobremesa, peça o bom-bom de chocolate, flor de sal, azeite, crumble de avelã e laranja (5€), ou o cannoli de natas e café com cheirinho (4€). Uma opção mais em conta é o menu executivo que, por 14€, lhe dá direito a prato principal, bebida, sobremesa e café.
Carregue na galeria para espreitar alguns dos pratos disponíveis no Vinte&Cinco e conhecer o espaço que tem à sua espera. Lembre-se: até setembro, apenas estão abertos ao jantar.