João Caldeira sempre teve olho para o negócio. Com 15 anos organizou uma festa com 600 pessoas numa casa alugada e foi um sucesso. Desde aí passou a estar envolvido na organização de eventos temáticos, por altura das férias escolares. Passados quatro anos, lançou o seu primeiro projeto mais profissional: é gerente do Plastic, na Póvoa de Varzim.
O antigo bar, com o mesmo nome, estava aberto há mais de 20 anos, porém, nos últimos tempos tinha perdido a clientela e a fama, passando a ser um dos locais menos frequentados da zona. O dono, Miguel Camões, reconheceu a importância de contratar alguém jovem para o ajudar a alavancar o negócio. Como já tinha ouvido falar do sucesso das festas de João, decidiu convidá-lo. O espaço reabriu no início de março.
“Passaram-se vários meses em que estivemos a estudar o conceito e numa forma de fazer isto funcionar. Lá fora já se vê vários dinings clubs e é uma tendência em franco crescimento e que tem sido impulsionada pelo estilo de vida que vemos nas redes sociais. Isto tornaria o Plastic polivalente”, diz João Caldeira, de 18 anos, à NiT.
Fizeram uma remodelação total do espaço e projetaram-no de forma a conseguir receber jantares e depois transformar-se num bar. As mesas mais baixas têm um botão que as faz crescer, e as mesas grandes, de jantar, recolhem para se tornar numa plataforma mais baixa. A determinado momento da noite as cadeiras são recolhidas e os pratos levantados, para dar então início a uma festa, que se pode prolongar até de madrugada.
“O grande desafio que encontrámos foi exatamente o de passar de restaurante a club, sem alarido. Criámos algumas estratégias e dinâmicas para garantir que, em poucos minutos, e sem os clientes se aperceberem, o ambiente muda. O staff também é diferente”, revela.

A carta foi pensada por Roberto Fonseca, que é também gerente do espaço. O cozinheiro quis criar propostas pensadas para partilhar. Nas entradas destaca-se o folhado de queijo de cabra, mel e frutos secos (10€) e os ovos rotos de camarão (11€). Como não poderia deixar de ser, tendo em conta a localização, têm os famosos cachorrinhos trincados (4,75€), uma especialidade muito vista pelo Porto e pela Póvoa de Varzim.
Nos pratos principais destacam-se as opções inspiradas em Itália como o linguini nero com camarão (14€) ou a paccheri com pistácio e burrata (13€). Como querem ser um espaço que chega a diferentes públicos, decidiram incluir também francesinhas (15,50€), que acompanham com “molho à poveira” e batata frita, bife de lombo com molho de cogumelos (25€) ou hambúrguer americano com tonkatsu (11€).
As sobremesas seguem as tendências do que vemos lá fora, por exemplo, em Espanha. A lista começa com churros de Nutella (5€) e continua com o bolo de lava de doce de leite (5€) e a pavlova de limão com sorvete de Lima (5€).
O espaço tem capacidade para sentar 100 clientes para jantar. Para refeições de grupos têm um menu disponível por 35€, que inclui três entradas, um prato principal à escolha e fondant de caramelo para sobremesa. As bebidas podem incluir sangria de maracujá, vinho branco ou tinto, cerveja, água ou refrigerantes.
O Plastic tem um DJ residente, mas todas as semanas a programação muda para receber diferentes artistas e “dinamizar a casa”. “Temos previstas dançarinas, violinistas ou saxofonistas para animar o ambiente com espetáculos diferentes”, refere João Caldeira.
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