Nos primeiros dias de abertura da Pizza Rush em Lisboa, Mariana e Francisco Padinha, 29 e 30 anos, os responsáveis pelo projeto, viram a massa a esgotar. Por um lado, não estavam à espera da afluência que tiveram na nova pizzaria de Lisboa. Por outro, não podiam fazer mais massa na hora, uma vez que só a servem com um mínimo de 36 horas de maturação.
A inauguração do espaço no Campo Pequeno aconteceu no final de abril e algumas semanas depois já têm o processo mais controlado para que nada falte a quem os visita e quer provar as pizzas que preparam. “Agora já nos conseguimos antecipar e temos sempre mais massa pronta”, explica à NiT Mariana Padinha.
Os dois irmãos sempre gostaram de cozinhar, mas a ideia de abrir um restaurante partiu mais de Francisco. “Ele já tinha trabalhado com pizzas há algum tempo e depois de ter estado num restaurante no Algarve decidiu que era a altura de ter o seu próprio projeto.”
A ideia nunca foi apenas serem mais uma pizzaria em Lisboa. “O que o Francisco sempre quis foi um espaço com pizza verdadeira, daí que foi a Itália aprender a fazer com um mestre italiano”. As bases de uma pizza de fermentação lenta e natural foram conseguidas durante o ano de 2019, numa cidade próxima de Roma.
Chegado a Portugal, Francisco continuou a seguir a receita, mas com uma diferença. “Aqui apenas usamos cereais 100 por cento portugueses.” A massa que fazem pode chegar até às 60 horas de maturação antes de ser usada. E além das pizzas, é com ela que produzem os vários pães para as entradas que servem, como a focaccia, os grissinis ou o pão de alho.
Além dos cereais portugueses, apostam ainda noutros produtos nacionais para as pizzas, alguns menos conhecidos e até de pequenos produtores. “Temos, por exemplo, a farinheira da Biquinha ou o salame de Monforte.” Alguns dos ingredientes mais sazonais vão fazer com que a carta possa ser ligeiramente alterada ao longo dos vários meses. “É uma carta fluída, gostamos de trabalhar com o que aparece.”
As combinações de pizzas foram pensadas pelos dois irmãos e depois dadas a provar aos amigos e à família antes de chegarem à carta final. “Mudámos muito pouco nessa fase de testes.” Mariana, como é vegetariana, sugeriu a entrada de uma pizza vegan, e mais opções podem estar a surgir.
Chama-se Macro (12€) e tem uma base de abóbora assada, cogumelos vegan, cebola, espargos, nozes e queijo vegan. Depois há ainda Portalegre (13€), com queijo provolone, espargos, farinheira e cebola roxa; a 4 Stacioni (11€), com salame de Monforte, fiambre, pimentos, cebola roxa e azeitonas; ou a Diavola (12€), com salame picante, cebola, pimentos e um óleo de chili. Caseiro é também o tiramisu que é preparado segundo uma receita secreta e é servido para a sobremesa.
Abrir um espaço em tempo de pandemia não foi algo que assustou os dois irmãos. “Quem tem muita vontade e um ótimo produto vai ter sucesso em tempo de pandemia.”
Neste momento, a Pizza Rush só pode receber quatro pessoas no interior. Ainda assim, contam com uma esplanada que tem capacidade para mais 16 lugares. Um dos próximos passos é arrancarem com serviço de delivery próprio e também com a entrada nas plataformas de delivery.
Uma refeição na Pizza Rush, tem de começar pelo pão de alho, que os responsáveis dizem ser o melhor da cidade, passar por uma das pizzas e terminar numa fatia de tiramisu. Carregue na galeria para conhecer melhor a nova pizzaria de Lisboa.