Muito arroz, vegetais, intensas especiarias, frango estaladiço, camarão frito, tempeh para os vegetarianos e tantos outros ingredientes. Uma combinação que o pretende levar até à Indonésia, sem sair de Portugal — ou melhor, do Cais do Sodré, em Lisboa.
Bali do Cais é obra de uma natural da ilha paradisíaca. Rici Amelia tem 40 anos, é gerente, cozinheira e “um pouco de tudo”, como se descreve a si própria à NiT. Veio para Portugal para mudar de vida, mas também porque sempre acreditou que este era um país com tudo: desde o bom clima, às condições de vida, e claro, à comida.
Tirou o curso de cozinha na Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa há cerca de 17 anos e é, desde 5 de novembro, a orgulhosa dona do novo negócio. “Procuramos misturar a comida tradicional do Bali, da Indonésia, com ingredientes saudáveis”, explica Rici.
O Bali do Cais ocupa o espaço da antiga Pastelaria Zarzuela, aberta desde 1968. Apesar da enorme transformação, mantiveram-se fiéis ao principal conceito da anterior marca: tudo o que está na carta é isento de lactose e glúten (com certificação atribuída pela Associação Portuguesa de Celíacos).
Amelia quer, sobretudo, dar a conhecer à capital os sabores do arquipélago. “Nós somos de Bali e queríamos abrir um espaço que conseguisse traduzir a nossa terra. Acreditamos que o Cais seria uma boa localização para mostrar isso mesmo a muitas pessoas, porque, de facto, passa lá muita gente.”
Para começar da melhor forma, a empreendedora aconselha a escolher as famosas espetadas de frango, marinadas em gengibre e mel — Sate Ayam Madura (6,5€). Pelo mesmo preço, pode também provar as Siomay Bandung (6,5€), um bolinho de peixe cozinhado ao vapor, com repolho, batata, tofu e ovos cozidos.
Se a base da gastronomia indonésia é feita de vegetais e especiarias, será de esperar que grande parte do menu seja apto para vegans. No entanto, um dos pratos principais mais vendidos é o Nasi Campur Bali (14€) — uma receita de arroz de jasmim, satay lilit balinesa (significa “envolto em”), frango com especiarias, jukut bali (vegetais), teri kacan (espécie de amendoins), sambal matah (molho de pimenta).
Outro bestseller é o Nasi Goreng Kampung (12€), o tradicional arroz frito balinês com um misto de legumes ao qual se pode acrescentar ovo, galinha ou camarão. Pode ainda provar o pujante caril de vaca Beef Rendang (15€), cozido lentamente com leite de coco e especiarias. E se não suportar o picante, pode sempre pedir para que o prato não o inclua.
Por fim, as sobremesas. Existem várias escolhas a ter em conta, mas pode começar pelo Pisang Ape (6€), uma banana grelhada com molho de açúcar de palma caramelizado, amêndoa e gelado de coco. Se preferir uma experiência ainda mais fora do comum, deve provar o Bubur Ketan Hitam (5,50€) — uma espécie de pudim feito de arroz preto com açúcar de palma e leite de coco, acompanhado com gelado de baunilha.
Contudo, não será apenas uma viagem para matar a fome e a curiosidade. Ali, o cliente é verdadeiramente transportado para o clima do arquipélago. O espaço está decorado com um “estilo muito Bali”, confirma Amelia. No teto podem-se ver várias plantas verdejantes penduradas, misturadas com alguns abajures de palha, criando um ambiente acolhedor. Deparamo-nos com alguns quadros, adereços e estatuetas alusivas à cultura indonésia que, segundo a própria, “nos fazem sentir esse ambiente e recordar várias memórias da nossa terra natal”.
Os cerca de 50 lugares do restaurante estão divididos pelas cadeiras e mesas mais clássicas, mas também se encontra um sofá cor de laranja, corrido numa das paredes, a contrastar com o verde da sala. Existem ainda alguns bancos de madeira elegantes, encostados à janela, com uma mesa baixa em formato de tronco de árvore, para quem preferir uma refeição mais rápida e ligeira.
Durante a semana há menus executivos a 13,50€, e com a garantia de que será sempre uma receita da Indonésia. Se preferir, pode também trazer o seu animal de estimação, visto que o espaço é pet friendly.
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