Chama-se Zunzum Gastrobar, abriu na quinta-feira, 30 de julho, e é o novo espaço da Doca do Jardim do Tabaco, junto ao Terminal de Cruzeiros de Lisboa. Quando pensaram no conceito deste novo spot, os responsáveis pelo restaurante achavam que a localização privilegiada da zona pedia um espaço que cool, bem atual, em que Portugal fosse servido à mesa como uma espécie de cartão gastronómico a quem nos visita.
Foi tendo tudo isto em mente que a chef Marlene Vieira agarrou o projeto, para criar um restaurante que fosse uma “lufada de ar fresco”. O Zunzum Gastrobar estava bem encaminhado e podia até já ter aberto mais cedo este ano. “O bicho é que nos atrasou o projeto”, conta a chef à NiT.
Houve adaptações a fazer, o restaurante abriu com menos funcionários e um horário mais apertado do que o desejado, devido aos tempos que vivemos. Mas os planos passam por crescer assim que a normalidade o permita. Nesta fase, contando com esplanada, o espaço pode receber 70 a 80 pessoas. De futuro poderá sentar entre 120 a 130 clientes.
Pedimos à chef Marlene Vieira que nos descreva um pouco o espaço. A aposta foi numa decoração “cor de sangue português, com muito luz, todo envidraçado” e ali com o Tejo e Lisboa a pontuarem a paisagem. “Procurámos uma modernidade portuguesa nas mais diversas vertentes”, conta-nos. Isso reflete-se em todo o espaço, da decoração à luz, e naturalmente à mesa.
Os cocktails da casa apostam também na portugalidade, com curiosas variações. Há um Ronaldini (10€), com aguardente de cana da Madeira, sumo de limão, puré de maracujá, xarope de canela, manjericão, soda, um Bombarral Oeste (11€), com gin, Campari, redução de pêra bêbada, Porto Tawny 10 anos, ou um Zig-Zag (14€), com gin, medronho, Supasawa, sumo de maçã granny smit.
As bebidas e vinhos mostram também Portugal em várias vertentes. Das águas aos sumos Compal, passando pelas cervejas, a única bebida não portuguesa é a internacional Coca-Cola. Nos vinhos, entre espumantes, brancos, tintos e vinhos generosos, os preços variam entre os 19€ e os 50€, com várias regiões do País presentes — a exceção é um Barbeito 10 anos (95€), da Madeira.
À mesa, são 21 as opções, com peixe, mariscos, carnes e muitos vegetais entre as opções. Não faltam o arroz de pato (10€) e o polvo à Lagareiro (13€), mas há reinvenções como ceviche de espadarte com maracujá e pimenta (10€), filhós de berbigão à Bulhão Pato (duas unidades por 9€), sem esquecer o bife de novilho maturado (24€).
A carta permite uma refeição mais em conta ou luxuosa, dependendo do que estiver à procura, mas a chef salienta que à volta de 35€ por pessoa é possível fazer uma ótima refeição, devidamente acompanhada pela bebida —algo essencial, ou não estivéssemos a falar de um gastrobar.
O espaço abriu com horários entre as 17h e as 23h (fecha à segunda e terça-feira) mas está a contar os dias para que as circunstâncias permitam ter as portas abertas mais tempo. Nesta fase, e acabadinho de abrir, o tal zunzum em torno do espaço já se faz ouvir. Afinal de contas, é fine-dining bem à portuguesa por descobrir.
Carregue nas imagens e descubra melhor este Zunzum Gastrobar.