Às 9h30, Paulo está a limpar e a arrumar a sala quando começam a chegar as primeiras pessoas. Não querem consumir nada, só querem falar sobre o mais recente episódio de “Pesadelo na Cozinha” — que no domingo, 30 de abril, revelou a transformação do Chic Dream no novo Dona Porto.
À mesma hora, na cozinha, Ana começa a descascar batatas para o almoço. Quando Conceição, a proprietária, chega de táxi com as compras, por volta das 10h15, tudo começa a acelerar. Esta terça-feira, 2 de maio, o restaurante do Porto abriu pela primeira vez (no dia 1 foi feriado) desde o programa e a dona já tinha revelado à NiT que estava nervosa com o possível aumento de clientes.
Tinha razões para isso. Em vez dos habituais 40 a 50 almoços, serviram-se 85 pessoas. Muitas fazem parte da lista de clientes habituais mas há também curiosos — como um casal de Sesimbra que estava de férias no Porto. As notícias de que o restaurante está à venda parecem espalhar-se. Nesta manhã, três pessoas pediram para falar com Conceição para apresentarem propostas, mas a proprietária não tem tempo para as receber.
Lá dentro, na cozinha, dos famosos enlatados que enchiam as doses dos clientes já só resta o milho. Os outros produtos são frescos e há pratos deixados pelo chef Ljubomir Stanisic que se mantêm na carta, como o tártaro de salmão ou o queijo derretido. Na esplanada, os elogios multiplicam-se, o único defeito é a demora — como já tinha acontecido no programa.
A cozinha fechou por volta das 15 horas, mas continuaram a entrar no Dona Porto várias pessoas que só queriam olhar para o que tinham visto na televisão, como se o espaço fosse um museu.
Conceição e a restante equipa ficaram satisfeitos com o resultado de “Pesadelo na Cozinha” mas comentam durante o serviço que não gostaram nada das “bocas” da antiga empregada de mesa, Mónica, em relação à cozinheira Manuela, que chegou a classificar como “trambolho”.
A NiT esteve no Dona Porto no primeiro dia após a emissão da TVI, acompanhou o serviço e falou com quem por lá passou. Carregue na imagem para ver a reportagem.
Leia também a entrevista a Conceição Brás, que explicou à NiT porque é que o restaurante do Porto continua à venda e como trocou uma carreira de tradutora por um sonho que agora não lhe deixa tempo livre.