Restaurantes

Patrícia concorreu ao “Hell’s Kitchen” e já abriu um restaurante em Portugal

Aos 28 anos e depois de ter trabalhado para outros chefs decidiu apostar num projeto próprio na zona de Pombal.
Patrícia participou na segunda edição de “Hell’s Kitchen".

“Não me vejo a fazer outro trabalho, tenho a certeza de que vou ficar na cozinha até à reforma.” Foi desta forma que Patrícia Gerardo, 28 anos, se apresentou no primeiro episódio da nova temporada de “Hell’s Kitchen”, o programa da SIC. Fora do concurso gastronómico, já construiu carreira e tem um restaurante próprio na zona de Pombal, o Sazonal.

Nasceu na Benedita, mas a escolha do local para abrir o projeto acabou por ser a cidade de onde é natural o sócio, Jeremy. “Visto que estivemos longe da nossa terra durante alguns anos, pensámos que seria a escolha mais indicada. A Benedita ainda não é uma cidade, então optámos por Pombal.”

Patrícia trabalhou durante sete anos em Bruges, na Bélgica, onde foi sous chef no Dukes’ Palace. “Foi onde aprendi praticamente tudo o que sei. A minha equipa era bastante internacional, então foi tudo muito enriquecedor”, explica à NiT.

Veio para Portugal onde acabou por participar no “Hell’s Kitchen”, mas a vontade de abrir um negócio no País já existia há muito. “A oportunidade não surgiu, foi procurada. Este projeto [Sazonal] já estava a ser pensado há alguns anos e era algo que queríamos fazer quando voltássemos a Portugal.

Ainda assim, no início teve alguns receios de arrancar com uma aventura deste género. “Inicialmente a ideia de ter um negócio assustava-me bastante mas, depois de trabalhar por conta de outrem percebi que o trabalho e esforço seriam mais facilmente valorizado se fossem canalizados para algo pessoal.”

Tal como o nome sugere, o Sazonal é um restaurante que usa sempre produtos da época, sazonais. O menu não é fixo: nos oito meses que está em funcionamento já alteraram a ementa cinco vezes.

“O Sazonal não tem conceito e tem todos os conceitos. Para nós é um sítio onde cozinhamos o que está na época. Adaptámo-nos às pessoas e ao estilo de vida, temos diária e apensas diárias durante a semana. Servimos à carta aos fins de semana e às sextas à noite.”

É um projeto diferente da oferta que existe na região, mas estão satisfeitos com o que criaram. “Pensamos que as pessoas nos têm procurado porque tentamos fugir um pouco do que é normal. Não que achemos que o normal não é bom, só queremos que o nosso espaço marque pela diferença.”

Entrecôte com molho de pimenta verde, salada de couscous com legumes, e o hambúrguer com rúcula e molho da casa são algumas das sugestões que já saíram da cozinha deste restaurante.

Desde que o “Hell’s Kitchen” arrancou, no início de janeiro, não tem sentido grande diferença na afluência. “Temos tido alguma procura devido a isso [ao programa] mas não diria que mudou drasticamente. Apesar de termos alguns clientes habituais, que gostam de vir ao nosso espaço, temos outras pessoas que vêm ao restaurante em busca da oferta padrão.”

Por enquanto, Patrícia Gerardo ainda não foi eliminada do programa da SIC. O futuro da chef no “Hell’s Kitchen” só será revelado dentro de algumas semanas, mas na vida real já tem tudo bem definido.

“Espero crescer como chef e continuar a fazer formações. Quero viajar pelo mundo para descobrir novos ingredientes e novas influências.”

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