Quem já viajou para Macau certamente reconhece o nome cantonês Po Tat, dado a uma famosa tarte de ovos chinesa inspirada no icónico pastel de nata português. Foi este o nome escolhido para batizar o novo restaurante de Lisboa que nasceu para celebrar “a fusão vibrante de sabores da culinária pan-asiática com o espírito aventureiro dos exploradores portugueses do século XV”.
O Palácio do Governador, em Belém, é a casa do Po Tat, que abriu em junho, em soft opening, e desde agosto que está totalmente pronto para receber clientes. O local tem mais de 300 anos e já passou por várias fases e utilizações. Foi um armazém agrícola de apoio à Torre de Belém; mais tarde, quando o palácio se tornou na residência do Governador da Torre de Belém, foi transformado numas cavalariças e, mais recentemente, com a inauguração do hotel, passou a ser um restaurante.
Este ano, o hotel decidiu renovar e criar um novo conceito de restauração. Neste novo capítulo da história quiseram “manter a traça original de forma a construir o futuro com base no passado”.

A ideia da mudança surgiu quando perceberam que havia espaço para criar algo menos convencional em Lisboa. “O conceito foi desenhado para atrair aqueles que procuram algo verdadeiramente original e exclusivo, oferecendo não apenas um produto ou serviço, mas uma experiência que se alinha com o desejo por algo memorável”, explica o F&B Manager, Filipe Sequeira, à NiT.
Com o apoio do chef André Santos criaram uma “uma celebração do intercâmbio das viagens”, num conceito que combina os sabores portugueses com a cozinha pan-asiática. “O Po Tat acaba por ser uma chamada a todos os aventureiros que nos visitam, ou que vivam cá, para abraçar novas fronteiras de paladar numa história que este edifício tão bem representa.”
A cozinha do Po Tat é marcada pelos produtos nacionais, confecionados com uma fusão com a culinária asiática. Na carta encontra alguns snacks e entradas como o tiradito de atum (8€), ou os cogumelos ostra (16€) com molho de inhame e amendoim. Já nos pratos principais, as recomendações de André Santos passam por presa de porco alentejana grelhada (27€), servida com ameixa e koji ou o donburi de beringela (19€) com pesto de caju e dengaku.

Como um jantar neste espaço não será um acontecimento para repetir todos os dias, o melhor é aproveitar e não saltar a parte dos doces. O chef sugere que os clientes provem a tarte de chocolate e togarashi (10€) com caramelo de miso e flor de sal ou o exótico gelado de arroz negro (9€), feito com manga, curcuma e merengue de yuzu.
“Esta é a essência da nossa identidade culinária. Os sabores conseguem não só celebrar a riqueza e a variedade da gastronomia portuguesa, como harmoniosamente combinar com influências do Oriente”, reforça André Santos.
Para bebidas, a recomendação é que ninguém saia de lá sem provar o Pocari (10€), um cocktail sem álcool, feito com spirulina azul, citrus e limonada de arroz-doce, ou o Portuguese Mule (9€) feito com vodka, Porto B, laranja, folha de figueira e ginger beer.
O espaço tem capacidade para 50 pessoas, combinadas por duas salas. A decoração foi assinada por Nini Andrade Silva, o atelier responsável pela anterior renovação em 2015 e que agora assinou uma nova versão deste espaço.


LET'S ROCK






