No meio da febre dos smash burgers, ainda há quem prefira apostar num velho clássico. Pelo menos foi o que Afonso Torres e os sócios pensaram há dois anos quando abrir uma dark kitchen para servir sandes de frango frito artesanais. A procura cresceu tanto que avançar para uma loja física se tornou inevitável. Nascia assim o Pow Chicks, que abriu em julho na Avenida Elias Garcia. Mais: desde 15 de outubro que a marca tem outra dark kitchen em Carcavelos para estender o raio de ação. E, segundo nos dizem, não vão ficar por aqui.
“Somos apaixonados por hambúrgueres de frango frito, mas os artesanais não eram comuns em Lisboa. Após viajarmos por outras capitais europeias e internacionais percebemos que era uma tendência em crescimento, devido ao aumento de procura. Eu juntei-me ao projeto logo no início e tornei-me responsável pela marca”, conta Afonso Torres à NiT.
Tem 29 anos e começou a trabalhar na área com apenas 15. Estagiou no Belcanto, com José Avillez, e integrou a equipa que conquistou a primeira estrela Michelin do restaurante. Apesar dessa experiência na cozinha, decidiu seguir outro caminho: hoje dedica-se à estratégia e expansão da Pow Chicks.
A marca nasceu numa dark kitchen em Alvalade. Neste modelo, que se popularizou no Reino Unido durante a pandemia, não há mesas nem serviço de sala. Os pedidos são exclusivamente para entrega ou take-away. No caso da Pow Chicks, o canal de distribuição era a Uber Eats, onde rapidamente se formou uma base de clientes fiéis. “Conseguimos perceber que fidelizámos clientes e havia alguns que pediam hambúrgueres várias vezes por mês.”
Com os números a crescer, avançaram para o primeiro restaurante físico. A localização escolhida foi entre o Campo Pequeno, Saldanha e Alameda. “Havia vários pontos da cidade que poderiam fazer sentido para nós. Mas depois surgiu a oportunidade desta loja com esplanada para 18 pessoas e agarrámos”, explica.
O espaço foi inspirado nos diners norte-americanos dos anos 50. Tem um balcão comprido com 12 lugares, sofás azuis para seis pessoas e mesas de inox. As paredes são forradas com azulejos brancos e azuis e a música de fundo é composta apenas por temas dos anos 60 e 70.
Depois de entrar no ambiente retro, os clientes escolhem entre cinco sanduíches, todas feitas com coxas de frango desossadas, marinadas em especiarias, panadas à mão e fritas. A The Pow Chick’s (8,90€) junta queijo cheddar, bacon, picles e molho fil-pow. A Hot Honey Chick’s (8,90€) combina mel apimentado, picles e maionese pow. Já a Chili Chick’s (8,90€) leva cheddar, jalapeños em conserva, cebola caramelizada e maionese pow. Para os fãs de queijo, a Cheese Chick’s (8,90€) inclui uma dose generosa de queijo derretido. A Farm Chick’s (8,90€) apresenta-se com cheddar branco, alface, tomate, cebola roxa e maionese pow.
Para acompanhar, há batatas fritas caseiras vindas dos Países Baixos, de um fornecedor que garante que o produto chega sempre fresco e nunca congelado. No menu estão também cheese balls (4,90€), chicken bites (4,90€) e jalapeños cheese (4,90€), recheados com cheddar, panados e fritos.
Para sobremesa, os olhos recaem quase sempre nos milkshakes (4,50€) feitos com gelado de baunilha, leite gordo e compota de morango ou manteiga de amendoim. “Há quem goste de acompanhar a refeição com estas bebidas e mergulhar as batatas nos batidos. Mas também podem pedir cerveja ou um refrigerante orgânico”, acrescenta Afonso. Nos doces, há ainda cookies (3,50€) de red velvet ou chocolate.
Por agora, vão surgindo novos planos, entre eles o de abrir outro espaço, desta vez nos jardins do Casino Estoril. “Temos um plano de expansão agressivo e queremos chegar a outros pontos de Lisboa e depois do País. A próxima deverá abrir até dezembro”, conclui.
Carregue na galeria para descobrir o espaço da Pow Chicks em Lisboa.

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