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Prémios NiT 2025: estes são os melhores e mais talentosos chefs do ano

Alguns levaram o talento português além-fronteiras e outros foram contemplados com os galardões mais altos no mundo da gastronomia.
Os cinco nomeados.

Entre estrelas Michelin, incursões pelo estrangeiro, apostas na riqueza gastronómica do interior e agendas preenchidas, o panorama da cozinha portuguesa saiu de 2024 ainda mais rica. E muito graças ao esforço de cozinheiros e chefs que continuam a tentar inovar e a fazer diferente.

Foi tudo isso que fizeram os cinco nomes escolhidos pela NiT para integrarem a categoria de Melhor Chef nos Prémios NiT de 2025. Agora é responsabilidade dos leitores da NiT votarem no que mais se destacou. O processo de votação decorre online até 19 de fevereiro.

Vítor Matos tem percorrido o norte de uma ponta à outra — ganhou já duas estrelas no Antiqvvm, gere o Blind, abriu o Oculto, no Lince Santa Clara, e ainda dá um saltinho a Trás-os-Montes para comandar a cozinha do restaurante do Vidago Palace Hotel. Este ano prepara-se para inaugurar um novo projeto, num dos nomeados a Melhor Turismo Rural nos Prémios NiT, a Quinta da Vacaria. Chama-se Schistó e, para já, apenas se sabe que será “um fine dining orgânico” que celebra “o espírito do Douro”.

Atualmente, em qualquer um dos espaços que lidera — Antiqvvm, 2Monkeys, Blind, Hool, Vidago Palace, Pedras Salgadas, Mosteiro de Santa Clara, Quinta da Vacaria Hotel e Adega da Vacaria —, o chef procura recriar os sabores da cozinha da portuguesa, tornando-os leves e mais arrojados.

Ao seu lado neste elenco está outro nome bem conhecido cá e lá fora, Henrique Sá Pessoa. O chef quase sempre presente nos ecrãs de televisão e pioneiro da nova geração de programas de culinária, mantém-se irrequieto. Em 2024 viajou para Miami, na Flórida, para inaugurar o Sereia.

O cozinheiro de 48 anos morou nos EUA na adolescência, para onde se mudou para fazer um intercâmbio. “Na altura não fazia a mínima ideia do que queria fazer. Já estava cá há um ano quando comecei a conhecer melhor a profissão e passei a equacioná-la para o meu futuro. Inscrevi-me no Pennsylvania Institue of Culinary Arts, em Pittsburgh e os primeiros dias ficaram gravados na minha memória para sempre. Um nervosismo e uma paixão que jamais esquecerei. Gostei mesmo muito da experiência e, de certa forma, vivi o sonho americano. Passei a ambicionar ter um projeto meu.” O sonho do miúdo que se apaixonou pela cultura dos Estados Unidos tornou-se realidade e até “superou as expectativas”.

Agora volta ao local onde tudo começou. “Nos últimos quatro anos tenho viajado várias vezes para Miami e, embora seja uma cidade vibrante, com muitos restaurantes e perto do mar, havia pouca oferta de peixe e marisco”, explicou na altura da inauguração do novo projeto à NiT.

Dos palcos estrelados junta-se a este rol Rodrigo Castelo. O ribatejano está sempre no seu Ó Balcão, o projeto de vida que em 2024 ganhou a sua primeira condecoração do Guia Michelin, à qual se juntou a estrela verde da distinção de espaço sustentável. O cozinheiro assume-se como metódico e preciso, características que trouxe do curso de produção agrária, do antigo emprego, dos amigos, da família e da própria infância onde via os pais a cozinharem.

Se a vontade e paixão são as mesmas de há dez anos, quando começou, o que sai da cozinha mudou muito de lá para cá. “Acredito muito nos produtos da minha terra, nas tradições e costumes. A carta inicial foi inspirada nas antigas tabernas ribatejanas e era composta maioritariamente por petiscos. Ou melhor, um exagero de petiscos. Tínhamos cerca de 60 opções, que a Maria Odete, a minha antiga cozinheira, me ajudou a desenvolver.”

2024 entregou uma nova missão a Miguel Rocha Vieira: ser um dos elementos de uma autêntica revolução no grupo de gestão hoteleira Ace Hospitality Management (AHM). Durante os últimos meses o chef criou diferentes conceitos de restaurantes de hotéis para fazer com que os clientes vejam os espaços de forma independente e como uma boa opção para jantar na cidade.

“A ideia é que vás jantar três ou quatro vezes ao sítio e só à quarta é que te apercebes que estás num hotel. Queremos quebrar esse preconceito. Queremos abrir os espaços à rua. Dizer às pessoas que só por acaso é que somos um restaurante que está num hotel“, diz. “Se agora falarmos em dez restaurantes para irmos jantar hoje, provavelmente nenhum será num hotel. Queremos ser pioneiros nessa mudança de pensamento. O futuro desta indústria está aí.”

Para completar a lista dos eleitos, a NiT elegeu Noélia Jerónimo que no ano passado abriu um novo espaço no seu tão adorado Algarve. A também jurada do Masterchef emprestou o seu talento ao novo restaurante do Real Marina Hotel & Spa, em Olhão. Ali não há rodeios. O nome, Marina com Noélia, não deixa margem para dúvidas e a chef também se mantém fiel ao que “a ria lhe dá”.

 
Prémios NiT 2025: estes são os melhores e mais talentosos chefs do ano

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