O ano não terminou da melhor forma para o setor da restauração em Portugal. Durante vários meses foram impedidos de funcionar de forma normal, não conseguiram receber clientes e apenas trabalharam com take-away e delivery. E mesmo na época de Natal e Ano Novo, fruto das medidas impostas pelo governo, estes espaços acabaram por sofrer mais perdas provocadas pelos sucessivos cancelamentos.
Segundo o mais recente relatório da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), 88 por cento dos restaurantes do País registou pedidos de reservas canceladas logo após o anúncio das medidas para o setor pelo primeiro-ministro no final de novembro.
Passou a ser obrigatória a apresentação de certificado digital no acesso a restaurantes e também de testes para entrar em bares e discotecas. Já nos fins de semana de Natal e Ano Novo, para fazer uma refeição num restaurante tinha de mostrar um resultado negativo à Covid-19.
Como consequência destes cancelamentos, 20 por cento das empresas inquiridas registaram quebras de 50 por cento em dezembro quando comprado com o mesmo mês do ano anterior. Também mais de 45 por cento dos restaurante admitiram não ter conseguido acumular reservas financeiras durante o verão — 44 por cento dizem mesmo que já as teve de utilizar.
Neste momento, bares e discotecas continuam impedidos de funcionar. Já o acesso a restaurantes apenas é feito com a apresentação do certificado de vacinação.