Após longas horas a dançar, uma noitada com a cabeça enfiada nos livros ou apenas uma saída que durou mais do que planeado, há quem não consiga regressar a casa sem antes fazer uma refeição. O Galeto, em Lisboa, tornou-se um dos locais emblemáticos para esses momentos e está a caminho de ser reconhecido como património cultural.
Segundo um anúncio publicado na quinta-feira, 9 de janeiro, em Diário da República, foi determinada a abertura do procedimento de classificação de âmbito nacional do restaurante e snack-bar na Avenida da Républica.
Com quase 59 anos de existência, o Galeto tem demonstrado que a idade não é um obstáculo para enfrentar as longas noites lisboetas. O restaurante encerra diariamente às 3h30, reabrindo pouco depois, às 7h30. A única desvantagem é que os preços sobem após as 22 horas.
Para quem procura opções de pequeno-almoço durante a madrugada, o menu oferece diversas alternativas. Por exemplo, um croissant, meia torrada com manteiga e uma chávena de chocolate custa 5,35€. Também é possível optar por um pão com ovos mexidos e fiambre, acompanhado de mostarda, pickles e sumo de laranja por 6,50€. Outra opção inclui pão brioche, meia torrada seca, doce e uma chávena de café com leite, por 5,50€.
Além disso, há tostas com manteiga, frango, alface, tomate, fiambre e mostarda (5,55€), tosta de fiambre com tortilha de queijo e maionese (7,50€), cachorro-quente (5,50€) e cheeseburger (7€), sem esquecer as várias sandes, croissants e croquetes a 1,95€. Um dos pratos mais pedidos continua a ser o Bife à Galeto, que custa 17,90€.
O espaço foi fundado a 29 de julho de 1966 por seis emigrantes portugueses no Brasil. Com o passar do tempo, um dos sócios, António Oliveira, adquiriu as quotas dos restantes, transformando o Galeto num negócio familiar. Atualmente, o restaurante é gerido pelo seu filho, Francisco, e pela nora, Ana Paula Oliveira.
O projeto do restaurante foi concebido pelos arquitetos Joaquim Bento d’Almeida e Víctor Palla, que optaram por paredes revestidas a madeira com formas esculpidas. Os balcões, feitos do mesmo material, têm capacidade para 19 pessoas, enquanto as mesas comportam 125 pessoas no salão e 78 no piso inferior.
O sinal luminoso que anuncia o restaurante, visível no exterior, continua a ser uma das referências do espaço. Em 2016, o Galeto foi distinguido como uma das Lojas com História de Lisboa.