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Restaurantes

Este restaurante em Lisboa nasceu de uma obsessão com um álbum de hip-hop

O espaço mistura influências francesas e portuguesas num menu que muda a cada duas semanas.

O rapper norte-americano Freddie Gibbs lançou, em 2020, o álbum “Alfredo”, em colaboração com o produtor The Alchemist. O disco tornou-se banda sonora de muitos durante a pandemia — incluindo três amigos franceses que, nessa altura, viviam em Portugal e decidiram abrir um restaurante. Em homenagem à obra que os inspirou, deram-lhe o nome Sr. Alfredo.

Gaetan Gimer e Marc Le Rohellec conheceram-se em miúdos, nas ruas de Lyon. Um tornou-se consultor, o outro chef. Depois de passagens por Paris, Marselha e o País Basco, Marc fixou-se em Lisboa e lançou o Boavista Social Club, em 2021. Foi lá que conheceu Marin Colomes, o terceiro elemento do trio que agora assume a cozinha do novo projeto.

Cansado da vida em Paris, Gimer mudou-se para Lisboa em 2017, onde primeiro lançou uma marca de roupa em algodão natural. A pandemia levou ao encerramento do negócio — e deu o impulso final para avançar com o restaurante. Nascia o Sr. Alfredo, com a ambição de ser um espaço descomplicado, com alma, sabor e música.

De portas abertas desde 9 de março. no menu há poucos pratos, mas todos bem afinados. A cozinha assenta em ingredientes de qualidade e na técnica dos chefs, com tudo preparado à vista dos clientes. A carta muda de duas em duas semanas, conforme os produtos do mercado de Arroios.

Do menu fazem parte petiscos como croquetes (3€) ou pataniscas de camarão (4€), entradas como espargos com stracciatella (10€), sarrajão com salada de batata (11€) ou tártaro em brioche (12€). Nos pratos principais, brilha o arroz da casa com bochecha de porco preto — servido num tacho à mesa e pensado para partilhar: 30€, 45€ ou 60€, consoante o número de pessoas. Há ainda costeleta de porco preto (16€) e tagliatelle à carbonara (12€).

Nas sobremesas, destacam-se a tarte de limão merengada (7€) e a mousse de chocolate (5€). O ambiente segue a mesma linha da cozinha: despretensioso e acolhedor. O espaço tem 25 lugares no interior e 20 no terraço. As paredes em madeira foram mantidas e a decoração vintage evoca o charme dos bistrôs, mas sem o formalismo.

A carta de bebidas não esquece os clássicos portugueses, como o café com cheirinho (2€), amarguinha (3€) ou medronho (7€), mas também propõe aguardente vínica Rumar (4€) e uma seleção de vinhos servidos a copo, entre os 4€ e os 7,50€. A maioria é nacional, mas surgem também algumas referências espanholas, italianas e francesas. “Quisemos mostrar que não é preciso um vinho ser natural ou biológico para ser bom”, diz Gimer.

Carregue na galeria para descobrir o novo espaço e os pratos que pode pedir para partilhar.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    R. Carvalho Araújo
    1900-023  Lisboa
  • HORÁRIO
  • Quarta a domingo das 17h30 às 23h30
PREÇO MÉDIO
Entre 20€ e 30€
TIPO DE COMIDA
Portuguesa, Francesa

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