Restaurantes

Satori. O novo restaurante de Alvalade tem menus de sushi desde 21€

O espaço pertence a Marco Costa, que já foi proprietário do Zé do Cozido. Esta é a primeira aventura com um espaço dedicado à cozinha japonesa.
Há muito para provar.

A mudança na vida de Marco Costa foi radical. De uma carreira assente nos sabores portugueses, sobretudo no festim de carnes e enchidos do cozido à portuguesa, saltou para a subtileza do peixe, aliado à técnica japonesa do sushi.

O chef e proprietário do Zé do Cozido fechou o espaço em 2018, muito por culpa da falta de espaço. E entre outros projetos ligados à cozinha tradicional portuguesa, acabou por decidir, em 2024, fazer uma transição radical. Desde 18 de outubro que gere o Satori, o novo restaurante de sushi da cidade.

Juntamente com o outro sócio, Pedro Maia, decidiu que seria preciso encontrar quem trouxesse um currículo recheado de experiência na cozinha japonesa. Contrataram Flávio Fukumura, um apaixonado pela culinária oriental e que está encarregue de tudo o que sai da cozinha do novo espaço na Avenida de Roma. “O chef traz uma visão inovadora e um profundo respeito pela tradição. É uma das peças da equipa que faz este desafio ser mais fácil”, conta empresário de 38 anos.

Marco Costa cresceu no restaurante dos pais, o Harmonia da Beira, em Lisboa, onde a mãe geriu a cozinha durante toda a sua vida. Recorda-se de dormir em cima das arcas congeladoras e os tempos livres eram passados entre os tachos. Na altura de escolher que rumo dar à sua carreira não teve dúvidas. Inscreveu-se na Escola de Hotelaria de Lisboa para estudar cozinha e “fazer coisas diferentes”.​ Em 2009 foi trabalhar com os pais e em 2011 fecharam o espaço com 33 anos para abrir o Zé do Cozido, perto das Olaias.

O conceito foi bem recebido e o espaço tornou-se pequeno para tantos clientes. Em 2019 decidiram fechar o Zé do Cozido e abriram, no Areeiro, o Harmonia, em homenagem ao primeiro restaurante da família. O cozido e os pratos típicos portugueses continuaram a ser as estrelas da casa. A pandemia veio mudar os planos e nasceu então a ideia de mudar para algo completamente diferente. Mas 2024 acabou por surpreendê-lo e, meses antes de abrir o Satori, reabriu o Zé do Cozido, igualmente no bairro das Olaias e com o mesmo conceito de antigamente.

No Satori, que significa “iluminado”, Marco quer “iluminar” as novas ideias que tem para o negócio. No restaurante com capacidade para 36 clientes no interior e 12 na esplanada, servem-se peças feitas com peixes, vieiras a ouriços, dados a provar em menus de degustação “para surpreender”.

“O nosso conceito é uma experiência que celebra a essência da cozinha japonesa, unindo a frescura, técnica e estética. Cada prato é meticulosamente elaborado, refletindo a dedicação do chef em destacar a qualidade dos ingredientes e a harmonia dos sabores.”

Esta harmonia pode ser provada num menu de “sete momentos únicos”, em que são servidas duas entradas quentes, depois duas frias. Logo a seguir são preparados os makimonos, seguidos dos gukans e dos nigiris. O quinto momento é dedicado às peças fritas e o sexto aos sashimis. No final há uma sobremesa feita pelo chef. Este custa 80€ por pessoa e inclui harmonização vínica com propostas portuguesas e saké.

Para quem prefere algo diferente, no Satori propõe provar os “sete momentos exóticos”, que se dividem da mesma forma que o anterior, mas as peças são feitas com proteínas menos comuns como os ouriços e vieiras. Tem o preço de 120€ por pessoa e também inclui as bebidas.

Ao almoço têm uma proposta mais leve. Por 21,50€ os clientes podem pedir uma entrada quente, uma fria e um prato principal que pode ser um combinados e 20 peças de sushi e sashimi ou arroz frito ou yakissoba. O preço inclui ainda bebida, sobremesa e café.

Que preferir pode ainda pedir à carta, entre ceviches (16€) de peixe-branco, com cebola roxa e elite de tigre ou carpaccio de salmão trufado (18€), servido com ponzu e ovas ou ainda um tártaro de carabineiro (28,50€). Há ainda pratos de arroz frito (16,50€) e cortes de wagyu (26€) feitos numa redução de vinho do Porto e crispy de shallot.

Tudo isto pode ser provado num espaço onde a luz entra através de um vitral feito pela artista de Famalicão, Sónia Domingos. “Queríamos ter uma peça diferente, que tornasse o espaço ainda mais especial”, conclui Marco Costa.

Carregue na galeria para ver mais imagens dos pratos que servem no novo Satori.

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