Ninguém pode negar que a Sala de Corte é um dos melhores locais da capital (e do País) para comer um bom naco de carne. A prová-lo está a lista da World’s 101 Best Steak Restaurants, que acaba de lançar este sábado, 21 de junho, o ranking atualizado para 2025. O espaço, comandado pelo chef Luís Gaspar, volta a surgir no ranking, no entanto, com uma acentuada descida de posição.
Em 2024, ocupava o 53.º lugar — apesar de já ter figurado no 34.º posto em 2023 —, no entanto, este ano passou para 81.ª posição, o que significa uma descida de 28 lugares. Ainda assim, continua a ser a única casa portuguesa no ranking das melhores steakhouses do mundo.
Em 2025, o primeiro lugar no ranking da World’s 101 Best Steak Restaurants é ocupado por Don Julio, em Buenos Aires, na Argentina. Segue-se o Margaret, em Sydney, na segunda posição, e em terceiro lugar, mesmo aqui ao lado, ficou o restaurante Laia, em Hondarribia, Espanha.
A Sala da Corte estreou-se na lista em 2022, ano em que alcançou com um elogioso 50.º lugar. “Uma joia culinária conhecida pelas carnes habilmente preparadas e pelo ambiente vibrante”, refere a World’s 101 Best Steak Restaurants.
“A ementa é uma celebração dos melhores cortes de carne, alguns deles de raças autóctones como a Mirandesa, sendo cada uma selecionada pelo chef Luís Gaspar, tendo em conta a qualidade e o sabor.” A organização sublinhou que o restaurante em Lisboa “continua a ser um destino imperdível”.
Com uma década de vida — o espaço abriu no arranque do verão de 2015 —, já vai na sua segunda morada, embora se continue a assumir “como uma steakhouse clássica”, explicava à NiT o chef Luís Gaspar sobre a presença regular nesta lista dos melhores do mundo na sua categoria.
Em 2018, deixou a Rua da Ribeira Nova para se instalar na praça D. Luís I, num espaço renovado, com mais lugares, mas com a mesma aposta nas raças autóctones. “Escolhermos os animais junto dos nossos parceiros, identificamos a raça e a idade. O que pretendemos são vacas velhas, com 18 ou 20 anos, uma longevidade que dá outras características à gordura. São sempre carnes que precisam de períodos de maturação mais longos”, explicou o chef à NiT. Todo o processo de maturação é feito no local.
Depois de escolhida e maturada a carne, é preciso cozinhá-la no ponto, uma tarefa que recai sobre as mãos experientes dos cozinheiros, com auxílio do forno dos fornos, o Josper. “Usamos um carvão biológico, sem adição de químicos e acendalhas para isso não se reflitam no sabor da carne. No Josper conseguimos cortes com um sabor a brasa e a fumado que é muito diferente das carnes que passam por um grelhado ou uma parrilla.”
“Nunca pode estar muito quente, para não caramelizar em demasia a carne, nem muito frio para permitir cozinhar na perfeição. A temperatura oscila sempre ente os 300 e os 350 graus, nota o chef. Além dos cortes das raças portuguesas, a ementa inclui algumas das carnes mais cobiçadas do mundo, caso da Wagyu, que pode chegar aos 550€ por quilo, ou a Kobe, com valores que podem ascender aos 950€ por quilo.