Imagine uma vasta extensão de terrenos suburbanos, industrializados e parcialmente abandonados, que se assemelhavam a um cenário de cinema policial: areia, fábricas, um rio, betão, lama e contentores em abundância. Assim era o Parque das Nações antes da Expo’98.
Aquele que foi um dos eventos mais marcantes da história da cidade operou uma mudança drástica na zona oriental de Lisboa. Além do Gil, dos espetáculos e dos novos espaços de entretenimento e cultura, o que realmente se destacou no rescaldo da Expo’98 foi a reabilitação urbana sem rival — converteu uma área degradada numa das zonas mais trendy do País.
Daí em diante, o Parque das Nações, como foi renomeado, tornou-se um dos bairros mais cobiçados da capital, tanto para morar como para estabelecer um negócio. E, nos últimos tempos, temos assistido a um fenómeno crescente de inaugurações de restaurantes e cafés nesta área.
A grande tendência do momento nesta zona da capital é a comida asiática. Os dumplings, as baos, o sushi e o ramen conquistaram os paladares portugueses. E a moda parece ter chegado para ficar. Um exemplo é o Dinastia Tanga, que deixou Marvila, em 2020, para se instalar junto à marina do Parque das Nações
O renovado Dinastia Tang trouxe diversas novidades, embora algumas coisas tenham permanecido inalteradas. Entre elas, a proveniência dos pratos do menu: “Existem opções da região de Cantão, como no antigo espaço, bem como pratos de Sichuan, os mais picantes, e os mais doces de Xangai e Suzhou”. Uma das propostas que continua entre os bestsellers é o frango Sichuan (18,80€), que é marinado em molho de soja e vinho chinês, antes de ser selado.
Nas proximidades, encontra-se outro restaurante asiático já bastante conhecido dos lisboetas: o Panda Cantina. O conceito, focado exclusivamente em ramen, decidiu expandir-se e estabelecer-se no Parque das Nações. Tal como nos outros quatro espaços da cadeia, não aceitam reservas, mas o serviço é simples: quando chegar, basta dar o nome e aguardar a chamada.
Com cerca de 80 metros quadrados, vai poder provar os pratos que já se tornaram famosos na capital, feitos a partir de massa fresca e com caldos que levam pelo menos três horas para apurar. O menu parece simples, apenas com algumas variedades de ramen, mas a verdade é que as preparações levam muito tempo a ficarem no ponto.
Deixando a zona da marina encontra e caminhando em direção ao centro comercial Vasco da Gama, quando chegar a meio da Avenida D. João II, poderá escutar um sino a tocar. Este é o sinal que estão a sair pastéis de nata quentinhos dos fornos da Manteigaria. Tal como nas restantes lojas da marca, o processo de fabrico é totalmente artesanal e sempre visível para os clientes. Cada bolo custa 1,30€. Um pack com seis unidades fica por 7,80€.
Ali perto, mais precisamente por baixo da Gare do Oriente, no ínício do ano, abriu um espaço onde fazem hot pot. Trata-se de um conceito tradicional chinês, em que cada um cozinha a sua comida — sim, leu bem.
Mais adiante, já perto da Torre Vasco da Gama, encontra um espaço que aterrou em Lisboa, vindo diretamente de Verona, em Itália: o Pausa Audaz.
A cozinha está a cargo de Jacopo Tansella e a produção de massas sob responsabilidade da mulher, Eleonora Azzalini. A ex-professora prepara diariamente uma nova seleção de massas. Spaghetti com pesto, tagliatelle à carbonara, maccheroni com trufas — tudo depende do que foi confecionado nesse dia.
Outras das novidades da zona norte do Parque das Nações é a nova loja da Gleba, onde o pão com massa fermentada volta a ser a grande perdição da vitrine.
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